Política
No desespero, aliados de Enelvo espalham boato de que ele vai tomar posse
O objetivo desta boataria seria manter coesos os sete vereadores que se elegeram com o apoio do PSDB
Flávio Paes/Região News
31 de Dezembro de 2012 - 09:10
As vésperas da posse do novo prefeito de Sidrolândia, partidários de Enelvo Felini espalham boatos pela cidade de que caso o vereador Ilson Peres seja eleito presidente da Câmara, ele vai dar posse ao ex-prefeito, ignorando a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que cassou o registro da candidatura, invalidou os votos de Enelvo na eleição de outubro e determinou a realização de eleições suplementares.
A corrente de fofocas chega ao requinte do delírio, espalhando a versão de que documentos da Justiça (do TSE e do TRE/MS) sobre o processo eleitoral na cidade, foram forjados na redação do Região News. O vereador eleito e advogado David Moura de Olindo, que vai presidir a sessão de posse, considera esta boataria uma ato de desespero .
Este comportamento é de uma total irresponsabilidade. O ex-prefeito, o presidente da Câmara, o juiz e o promotor eleitoral, todos foram notificados na quinta-feira (27/12), em despacho do presidente do TRE/MS, desembargador Josué de Oliveira, ressalta. Ou seja, ninguém pode alegar ignorância sobre o que está sendo determinado pela Justiça Eleitoral.
David avalia como um conto da carochinha, crer em Papai Noel e na mula sem cabeça, uma lenda urbana, acreditar nesta altura dos acontecimentos na posse de Enelvo. Pouca gente acredita que o ex-prefeito (com a experiência que tem na vida pública) se prestaria a se insubordinar contra uma decisão judicial.
Ele sabe perfeitamente que seria uma atitude irresponsável que podem inclusive levar a prisão e de quem colaborar com sua consecução, afirma. O objetivo desta boataria seria manter coesos os sete vereadores que se elegeram com o apoio do PSDB, desestimulando possíveis dissidências na eleição da Mesa Diretora.
De qualquer forma, o vereador David Olindo, por precaução, vai pedir a presença da Policia Militar e requisitar seguranças particulares, para garantir que a sessão de terça-feira, dia 1º de janeiro, seja realizada sem tumultos.