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Política

Ofensas de secretário aos servidores provoca indignação de funcionários e divide opiniões na Câmara

A manobra acabou dando certo, porque com o avançar da hora, a mesa diretora suprimiu o grande expediente, quando cada vereador teve direito a falar 10 minutos na palavra

Flávio Paes/Região News

25 de Fevereiro de 2013 - 16:51

O chamado G-7, grupo de sete vereadores que integra a base de apoio à gestão interina do PSDB na Prefeitura de Sidrolândia, agiu de forma articulada na sessão desta segunda-feira (25) para fugir do debate sobre as ameaças do secretário de Administração, Kennedy Forgiarini, contra os servidores concursados. As declarações, gravadas por um servidor, vazaram em vídeo pela internet.

Os integrantes do G-7 não economizaram nas intervenções durante a ordem do dia, com arrastadas justificativas das suas indicações, mesmo aquelas mais consensuais, como o pedido de manter os centros de educação infantil funcionando  por mais meia hora no período da tarde (até as 17 horas). Só a leitura do projeto de lei complementar que fixa a nova estrutura organizacional da Câmara demorou mais de uma hora, sendo concluída por volta das 12h45.

A manobra acabou dando certo, porque com o avançar da hora, a mesa diretora suprimiu o grande expediente, quando cada vereador teria direito a falar 10 minutos na palavra livre. Com isto, só restou como espaço de manifestação com tema livre, as considerações finais, quando cada vereador só pode falar cinco minutos, sem espaço para a concessão de apartes.

De forma acintosa, o secretário de administração chegou à Câmara, percorreu o corredor central do plenário e sentou na primeira fila. Refestelou-se na cadeira de braços abertos, dirigindo o olhar para os vereadores em tom desafiador. A primeira a sair em defesa de Kenendy foi a vereadora Vilma Felini (PSDB) que elogiou seu desempenho à frente da Secretaria de Administração. 

O vereador Cledinaldo Marcelino, fez uma defesa enfática do secretário que é seu companheiro de partido (PP). Primeiro lembrou sua condição de descendente indígena, justificou sua baixa escolaridade e atacou o colega de Câmara, David  Olindo, que o teria chamado de analfabeto. Não poupou elogios a Kenendy defendeu a demissão do servidor que não trabalha. 

O vereador Edivaldo dos Santos, que manifestou seu orgulho de ser assentado  e defender os interesses do trabalhador, também mostrou-se um entusiasta dos métodos autoritários do secretário.  Na opinião de Vadinho, a Prefeitura não pode ser conivente com servidores que não trabalham, “afinal”, justificou, quem paga o salário deles é o povo.