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Política

Partidos aliados de Dilma iniciam disputa por 40 cargos que vão gerir orçamentos milionários

Cabe à superintendências regional coordenar e executar, atividades relacionadas a planejamento, programação, orçamento, informática e modernização administrativa

Com informações do Campo Grande News

06 de Fevereiro de 2015 - 09:04

Os partidos que integram a base aliada da Presidente Dilma Roussef no Congresso Nacional,  começam a disputar os 40 cargos de comando de repartições públicas federais em Mato Grosso do Sul. A briga não é à toa. Além do salário que pode chegar chegar a R$ 29 mil, a indicação mostra a força política da sigla junto ao governo federal. O maior salário é do superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) que hoje recebe R$ 29.365,78 – era maior que o governador, R$ 26,5 mil antes do reajuste. Cabe à superintendências regional coordenar e executar, atividades relacionadas a planejamento, programação, orçamento, informática e modernização administrativa. Também devem garantir a manutenção, fidedignidade, atualização e disseminação de dados do cadastro de imóveis rurais e sistemas de informações do Incra.

Embora o salário seja atraente, diante de um tema explosivo (como é a reforma agrária), cargo que acaba sendo quase privativo do PT porque o ocupante só é indicado se tiver as benções dos movimentos sociais (Fetagri, MST, CUT) que não aceitaria um nome ligado, por exemplo, ao PMDB, por conta das vinculações do partido com o agronegócio,oponente ideológico dos movimentos. O atual superintendente, Celso Cestari, é funcionário de carreira. Foi indicado mais um longo período de vacância no cargo, depois da queda do ex-superintendente, acusado de envolvimento num esquema de venda de lotes da reforma agrária.

O segundo maior cargo é do superintendente da Polícia Federal, R$ 24.396,52, seguido pela reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) cuja remuneração é de R$ 23.419,23 – embora a escolha se dê por eleição e não nomeação a partir de uma lista tríplice com os três mais votados. Depois é a vez do superintendente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) com salário de R$ 22.133,26.

Estar a frente do Dnit significa administrar um orçamento milionário da União, sob a jurisdição do Ministério dos Transportes, das vias navegáveis, ferrovias e rodovias federais, instalações de vias de transbordo e de interface intermodal e instalações portuárias fluviais e lacustres.

Ao todo, são cerca de 40 cargos federais no Estado. Nesta lista de altos salários ainda estão o reitor do Instituto Federal - R$ 18.106,20 -; superintendente da Funasa – R$ 17.908,19 -; superintendente do Ministério da Agricultura, Pescaria e Abastecimento – R$ 17.518,13 -; superintendente da PRF (Polícia Rodoviária Federal) – R$ 14.335,63 -; superintendente do Ibama – R$ 11.577,49. 

O deputado federal Zeca do PT é um dos parlamentares que vai pedir substituição nos cargos federais. Na avaliação do parlamentar, alguns contemplados não "respeitaram" a presidente Dilma Rousseff (PT) e fizeram campanha eleitoral contra a petista. Além disso, no Estado fizeram campanha a favor do tucano Reinaldo Azambuja.

As definições ainda não foram tomadas. Mas num passado próximo, cargos como o titular do Dnit geraram  grande expectativa com a saída de Marcelo Miranda por corrupção e acabou sendo nomeado um funcionário de carreira,  Carlos Antônio Marcos Pascoal. Miranda tinha o apoio do PT e do próprio ex-governador André Puccinelli.

Outra troca feita recentemente, foi no Ibama com a saída do deputado estadual Amarildo Cruz (PT) para assumir a cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. No lugar do petista foi indicado o servidor de carreira, Márcio Ferreira Yule.

O PT também perdeu espaço com a saída de Pedro Teruel da Funasa. O petista deixou a pasta para tentar eleição para deputado estadual. Não conseguiu eleição. Desde então a fundação é comandada por Aristides José Ortiz.