Política
PMDB tenta evitar nova crise por conta de opiniões divergentes
Aparentemente, o clima é ameno desde que o partido foi derrotado na disputa para a prefeitura de Campo Grande, em 2012, quando correntes distintas entraram em confronto.
Willams Araújo
23 de Outubro de 2013 - 13:48
O comando do PMDB em Mato Grosso do Sul está tentando evitar nova crise interna por conta de opiniões divergentes de seus correligionários a respeito do caminho que o partido deve seguir nas eleições do ano que vem.
Aparentemente, o clima é ameno desde que o partido foi derrotado na disputa para a prefeitura de Campo Grande, em 2012, quando correntes distintas entraram em confronto.
No entanto, novos desdobramentos estão na iminência de ocorrer por causa das farpas trocadas publicamente pelo deputado estadual Junior Mochi, presidente da executiva regional, e Esacheu Nascimento, vice-presidente.
Embora integrante do chamado baixo clero, Esacheu ameaça os correligionários ao propor mudança na cabeça da chapa majoritária, caso o PMDB decida mesmo oficializar, durante convenção, candidatura própria à sucessão do governador André Puccinelli.
Atualmente, o ex-prefeito de Campo Grande e secretário de Estado de Articulação com os Municípios, Nelsinho Trad, figura como pré-candidato. Entretanto, nada está definido no momento em que os principais caciques da legenda articulam apoiar o nome do senador Delcídio do Amaral, pré-candidato do PT ao governo estadual.
O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, puxa o coro dos que defendem que o PMDB seja apenas companheiro de palanque do senador petista, indicando o vice e o candidato ao Senado.
Eu relevo o Esacheu, ignoro. É uma manifestação pessoal, que eu respeito, mas que não corresponde ao que pensa o PMDB, reagiu Mochi, segundo o Midiamax, referindo-se a declarações de seu companheiro de partido que classificou como desanimadora a candidatura de Nelsinho.
Os dois dirigentes não se entendem desde a convenção regional para a escolha do novo diretório do partido, isso porque Esacheu resistiu até o último minuto para abrir mão de sua candidatura à reeleição.
TRÍPLICE ALIANÇA
Jerson também não descarta uma aliança entre PMDB, PSDB e PT na campanha do ano que vem.
A posição do peemedebista acontece no momento em que PT e PSDB negociam um projeto único para Mato Grosso do Sul nas próximas eleições. Até encontros no interior são feitos para explicar essa possível aliança.
Os petistas e tucanos assumem postura pública sobre essa aproximação. Já o presidente da Assembleia não vê nenhum impedimento que essa eventual aliança não possa ter o reforço do PMDB.
Aliança entre o PT e o PSDB não extingue o PMDB de fazer aliança com os dois, afirmou Jerson, durante evento no Parque das Nações Indígenas, na manhã desta quarta-feira (23). O PMDB poderia ajudar o PT a governar o Estado, assim como governou tão bem os últimos oito anos, acrescentou o deputado em entrevista ao site CG News.
De acordo com Jerson, o problema maior nessa composição é a direção nacional do PT, que não chancelaria uma aliança entre petistas e tucanos em Mato Grosso do Sul caso o PSDB prefira o Senado.
Com a eleição de um senador tucano aumentaria a bancada oposicionista à presidente Dilma Rousseff no Senado. Essa informação, segundo Jerson, foi transmitida pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante sua visita ao Estado.




