Política
Prefeito e vereadores do Solidariedade se reuniram e ensaiam uma possível aproximação
Os vereadores solidários garantem que mais do que espaços no Governo, estão interessados em participar da definição dos rumos da gestão municipal.
Flávio Paes /Região News
29 de Janeiro de 2014 - 13:25
Fotos: Marcos Tomé/Região News
Os quatro vereadores do Solidariedade, bancada que ano passado liderou a oposição
Depois de atrair os dois vereadores do PDT para sua base na Câmara que lhe garantiram maioria simples (7 dos 13 vereadores), o prefeito Ari Basso agora articula novamente para buscar o apoio dos quatro vereadores do Solidariedade, bancada que ano passado liderou a oposição ao Governo Municipal.
O grupo radicalizou no discurso e nas votações depois que identificou em setores do PSDB a origem da manobra que tirou deles o controle da Comissão Provisória do PROS, assumida por funcionários que ocupam cargos comissionados na Prefeitura. Diante da situação, os vereadores tiveram de fazer a segunda migração partidária em menos de um mês. De quebra, dois suplentes tucanos (Pastor Moacir e Di Cezar) pediram na Justiça a cassação de Marcos Roberto e Mauricio Anache.
Na quinta-feira houve uma conversa de 20 minutos, da qual só ficou de fora o vereador Mauricio Anache que está em viagem de férias. Os vereadores David Olindo, Jurandir Cândido e Marcos Roberto se comprometeram a retomar o entendimento antes do reinício dos trabalhos legislativo em 15 de fevereiro, já com a participação do quarto integrante da bancada.
O vereador David Olindo, que por ser o mais experiente na atividade política (está exercendo seu quinto mandato) informalmente é o líder do grupo, rejeita a possibilidade de adesão ao Governo por motivações meramente fisiológicas ou vantagens financeiras. O Solidariedade não tem interesse em barganhar secretárias, cargos, como contrapartida para ficar a favor da administração municipal. Temos sim interesse de discutir propostas e influenciar na execução de projetos que julgamos de interesse do município, assegura.
Os vereadores solidários garantem que mais do que espaços no Governo, estão interessados em participar da definição dos rumos da gestão municipal. O vereador David Olindo não acredita que a unidade do grupo seja rompida. Há um compromisso dos quatro de decidirem de forma conjunta. Antes de tomar qualquer decisão, vamos comunicar também aos vereadores Rosangela Rodrigues e Nélio Paim, que no primeiro semestre atuaram de forma articulada com a bancada do Solidariedade.
Nova tentativa
Esta não foi a primeira vez que o prefeito Ari Basso tenta atrair para sua base a bancada do Solidariedade. Em novembro do ano passado os vereadores ele se reuniu com a bancada os entendimentos não foram adiante. O prefeito não quis se comprometer com as propostas de ação de Governo definidas num documento entregue a ele.
Na carta aberta apresentada ao prefeito, os vereadores pontuam princípios e diretrizes que consideram prioritários. Pedem por exemplo, que os cargos de livre nomeação (comissionados) fossem reduzidos 5% do quadro de servidores efetivos.
Propõe a criação de um fundo e fomento a agricultura familiar (que tentaram implementar com uma emenda de R$ 6 milhões, vetada pelo prefeito); reforma do código tributário; do código de postura; legislação ambiental; política de desenvolvimento para o distrito de Quebra Coco; triplicar os repasses para o hospital Elmiria Silvério Barbosa; choque de gestão na educação. A criação da Controladoria Geral e da Procuradoria Jurídica, solicitadas no documento, foram implementadas na reforma administrativa.





