Prefeito encontra na Câmara, maior bancada da oposição receptiva ao entendimento

Enquanto o Executivo exibiu na sessão solene de abertura dos trabalhos um vídeo permeado de menções críticas a ex-gestão do prefeito Daltro Fiúza, ressuscitando um clima de embate eleitoral já esquecido, curiosamente coube a bancada que fez a oposição mais acirrada ao Governo Municipal em 2013, um gesto conciliador, sinalizando disposição de aprovar os projetos , sem cobrar em contrapartida, secretarias ou cargos na Prefeitura.

O vereador David Olindo, que por ser mais experiente e uma espécie de mentor político dos quatro vereadores do Solidariedade, mostrou interesse em colaborar com o Governo, “sem exigir de contrapartida, a tutela de secretarias ou funcionários”. “Não temos compromisso político, vamos continuar do lado de cá”, assegurou.

David não se arrepende das críticas que fez a administração do prefeito, nem tem remorsos pelo que falou. Reconheceu o gesto do prefeito de ter acolhido algumas propostas apresentados pelo Solidariedade, como a criação da Procuradoria Jurídica e da Controladoria Geral do Município, a  redução de cargos comissionados.  

“Fiz uma oposição companheira. Nos momentos cruciais procurei ajudar. Alguns talvez não me entenderam”. Mencionou como exemplo destas contribuições, os recursos viabilizados junto ao Governo do Estado para o hospital pagar o 13° e aquisição  de medicamentos, (R$ 110 mil), além da emenda de R$ 1,3 milhão (com R$ 500 mil de contrapartida estadual) para a construção da ala materno-infantil, que os quatro vereadores do SDD viabilizaram junto ao deputado federal Geraldo Resende e ao governador André Puccinelli.  

Mesmo disposto a dar uma trégua, David diz que vai “continuar trabalhando para livrar a Prefeitura de continuar gastando R$ 300 mil com licença de funcionários e contribuições”, anunciou, ao defender a extinção do Instituto Municipal de Previdência com a do recolhimento para o INSS. Pretende ajudar os estudantes  universitários a manter o transporte, mesmo após o corte dos repasses do município que inviabiliza a manutenção da gratuidade. "O intuito não é incitar os universitários a escalpela o Ari", garante.

O vereador quer convencer o juiz diretor do Fórum, Dr. Fernando Moreira, a autorizar a aplicação de recursos das transações penais para ajudar no custeio do serviço. O vereador Mauricio Anache depois de lembrar de ter sido difícil para ele criticar o prefeito, por conta de um longo relacionamento pessoal com Basso e toda sua família, mostrou-se disposto a apoiar administração nas ações que forem de interesse da cidade.