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Política

Presidente da Bolívia expulsa agência norte-americana do país

Morales acusa a organização de ingerência política nos sindicatos de camponeses e entidades sociais, além de conspiração contra o governo.

Agência Brasil

02 de Maio de 2013 - 16:50

O presidente da Bolívia, Evo Morales, determinou a suspensão das atividades e a expulsão dos integrantes da Usaid, sigla em inglês (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional).

Morales acusa a organização de ingerência política nos sindicatos de camponeses e entidades sociais, além de conspiração contra o governo. Ele admitiu que a decisão é também uma resposta aos Estados Unidos, que consideram a América Latina como quintal.

A agência atuava no país há 40 anos, desenvolvendo projetos em vários setores sociais, como saúde e meio ambiente. "Decidimos expulsar a Usaid da Bolívia, que saia a Usaid da Bolívia, peço ao irmão chanceler (David Choquehuanca) que comunique imediatamente à Embaixada dos Estados Unidos”, disse o presidente no discurso do Dia do Trabalho.

“Seguramente pensaram que aqui se poderia manipular politicamente e economicamente (os bolivianos), mas esses são tempos passados”, acrescentou Morales. Ele reiterou que o objetivo é manter relações de igualdade entre a Bolívia e os Estados Unidos, usando uma expressão em espanhol de “você para você”. Segundo o presidente, não há mais espaço para a mentalidade de dominação.

“Seremos um pequeno país, mas igual, e merecemos respeito. A expulsão da Usaid é também um protesto ao chanceler (John Kerry), que disse que a América Latina é um quintal dos Estados Unidos”, disse Morales.

A Usaid está na Bolívia desde 1964 e atua na promoção de projetos de saúde pública, desenvolvimento sustentável e meio ambiente. Em novembro de 2008, o governo Evo Morales deu a mesma ordem para os integrantes da DEA, silga em inglês (Agência Antidrogas dos Estados Unidos). Na ocasião, a acusação foi semelhante à da Usaid.