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Política

PSDB transforma Prefeitura em ninho de suplentes e dirigentes partidários

Até agora a “bancada” de suplentes tem 13 integrantes (o mesmo número da Câmara Municipal), com possibilidade de dobrar até sexta-feira.

Flávio Paes/Região News

15 de Janeiro de 2013 - 10:09

Em 14 dias de administração interina, o PSDB transformou a Prefeitura de Sidrolândia num ninho de candidatos a vereador que não se elegeram nas eleições de outubro e dirigentes de partidos aliados. Esta tropa de choque “tucana” vai custar R$ 67 mil por mês, R$ 268 mil nos quatro meses que deve durar a interinidade.

Até agora a “bancada” de suplentes tem 13 integrantes (o mesmo número da Câmara Municipal), com possibilidade de dobrar até sexta-feira, quando termina o prazo para nomeações. Os suplentes custarão R$ 42,5 mil por mês, ou seja, ao longo de quatro meses, período previsto da interinidade, sairão dos cofres públicos R$ 170 mil para remunerá-los no quadrimestre.

Os candidatos não eleitos agraciados com cargos na prefeitura saíram das urnas com 2.138 votos, o que seria suficiente, caso estivessem numa mesma coligação, para garantir duas vagas na Câmara (o quociente eleitoral ficou em torno de 1.700 votos). Dois deles, Di Cezar e Joana Marques de Almeida, estão no primeiro escalão, atuando como secretários.

O partido melhor contemplado, curiosamente, não teve um sequer validado porque o registro da chapa foi impugnado pela Justiça Eleitoral. O Democratas ganhou a Secretaria de Serviços Urbanos (entregue a Alcione Martins) e a coordenadoria de Políticas Públicas da Mulher. O Democratas lançou seis candidatos a vereador, que tiveram 437 votos. Cinco já estão empregados.

O último prestigiado, Diecson Ferreira Machado (que teve 94 votos), vai ganhar R$ 1.483,20. Solangi Stefanello (que obteve 176 votos) voltou à coordenadoria municipal de Políticas Públicas da Mulher, com salário de R$ 4.324,10. Maria Luzia de Souza Fialho (42 votos) foi nomeada para um cargo que lhe vai assegurar salário de R$ 2.570,60; Cândido Gonçalves Benites (49 votos), vai ganhar R$ 1.483,20, mesmo salário de Lucimar Feitosa, que teve 25 votos.

Só o Democrata Ivanilso Machado de Souza (detentor de 51 votos), ainda está na expectativa de um emprego. Os quatro petistas prestigiados obtiveram 861 votos. Cristovão Paz dos Santos, em dois meses de salário (vai ganhar R$ 3.213,00 por mês) recupera (ou paga) os R$ 5.985,12 que declarou Justiça Eleitoral ter gasto na campanha. Ele revelou não ter nenhum patrimônio em seu nome.

O petista Mário Custódio (que alcançou 113 votos ) não foi nomeado por razões óbvias, mas em compensação sua ex-esposa, que foi cabo eleitoral do vereador Cledinaldo Marcelino, garantiu uma assessoria com salário de R$ 1.285.30. Custódio foi “esquecido” porque fez campanha para o candidato do PMDB, Acelino Cristaldo, cumprindo a orientação da direção nacional.

No grupo de suplentes, estão dois tucanos. O ex-secretário vereador Di Cezar, nomeado na secretária de Desenvolvimento Econômico, com salário de aproximadamente R$ 8 mil (inclusos algumas regalias).

O outro premiado foi Raimundo Rodrigues do Nascimento. Com patrimônio de R$ 174 mil declarado à Justiça Eleitoral, gastou R$ 5.875,23 para ter 231 votos. Nomeado, vai ganhar R$ 3.213,00 por mês.

Sem votos

Enquanto os vereadores tiveram que “suar” a camisa, gastar suas economias para garantir uma vaga na Câmara e terão um salário de pouco mais de R$ 6 mil, alguns dirigentes partidários sem ter um único voto, sequer, estão contemplados na administração municipal. Clayton Ortega, do PSL, está no comando da Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer e Alcione Martins, da Secretaria de Serviços Urbanos.

O presidente do PTB, um partido de pouca expressão eleitoral na cidade, está à frente da Coordenadoria Municipal de Habitação. Lo Lun Paul,vai fazer jus a um salário de R$ 5.250,00. Mesma remuneração assegurada pelo presidente do diretório municipal do PT, Gilmar Antunes, nomeado como assessor, já o ex-secretário Marcio Marqueti, Coordenador Municipal de Planejamento assegurou mesmo vencimento de secretário.

Bancada de suplentes

1) Diecson Ferreira (DEM) – (94 votos) - Salário 1.483.20
2) Cristovão Paz dos Santos (PT)- ( 153 votos) Salário - R$ 3.213,00
3) Wanderley Barbosa (PT)- 250 – votos Salário R$ 3.835,40
4 ) Solangi Stefanello - (176 votos) DEM Salário de R$ 4.324,00
5) Lucimar Feitosa Albuquerque - (25 votos) DEM Salário R$ 1.483,20
6) Candido Gonçalves- (DEM) 49 votos Salário de R$ 1.483,20
7) Eugenio Wendemberg Neto (PT) (272 votos) Salário de R$ 1.483,20
8) Raimundo Rodrigues do Nascimento- PSDB (231 votos) Salário de R$ 3.213,00
9) Maria Luzia de Souza Fialho- DEM (42 votos) Salário de R$ 2.570,60
10)- Di Cezar (PSDB) – (402 votos) Secretário de Desenvolvimento Rural Salário de R$ 6.900,00
11) Joana Marques de Almeida Michalski - (PT) - 186 votos Secretária de Assistência Social Salário de R$ 6,900,00
12) Alcides Pinheiro (PSL) – candidato (279 votos) Salário R$ 3.675,70
13) – Gevanildo Dias de Oliveira – PSL (139 votos) – Salário R$ 2.002,90

Dirigentes Partidários

Alcione Martins- DEM- Secretário de Serviços Urbanos Salário de R$ 6.900,00
Clayton Ortega (PSL) - Secretário da Juventude, Esporte e Lazer Salário de R$ 6.900,00
Lo Lun Paul – Presidente do (PTB) - Coordenador municipal de habitação Salário R$ 5.250,00
Gilmar Antunes - presidente afastado do (PT) - Assessoria- Salário R$ 5.250,00.

Observações

Todos os nomes citados foram nomeados conforme publicação fixada no diário oficial dos municípios. Não há restrição quanto à capacidade do exercício das funções de cada membro da equipe de governo montada pelo ex-prefeito Enelvo Felini e nomeada pelo prefeito interino Ilson Peres, ambos do PSDB.

As nomeações são de prerrogativas do chefe do executivo em pleno gozo do exercício de suas funções como prefeito.