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Política

PT inclui defesa política de Dilma em resolução do diretório nacional

Outra preocupação foi com o “terrorismo econômico” dos oposicionistas, segundo o qual o governo Dilma põe em risco a estabilidade econômica e o controle da inflação.

O Globo

25 de Março de 2014 - 15:40

Em meio ao coro de “volta, Lula", que cresceu no próprio partido, e à crise gerada pela denúncia de compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, o PT incluiu uma defesa da presidente Dilma Rousseff (PT) na resolução política aprovada na reunião do diretório nacional na última quinta-feira.

O reforço no apoio à reeleição de Dilma não estava no texto-base, escrito pelo secretário-geral do PT, Geraldo Magela, e foi acrescentado durante a reunião do diretório, já no segundo parágrafo da resolução.

“O Partido dos Trabalhadores tem por objetivo vencer as eleições presidenciais de 2014, reelegendo a presidenta Dilma Rousseff (PT) para um segundo mandato por dois motivos fundamentais: porque fazemos um balanço globalmente positivo de seu mandato e para dar continuidade às transformações no Brasil, iniciadas pelo presidente Lula em 2003”, diz a versão final do texto.

Participantes da reunião afirmaram que o enxerto foi feito após várias intervenções a favor de uma defesa mais veemente do governo diante da escalada da oposição no caso Pasadena, inclusive com a articulação no Congresso para criação de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito).

Outra preocupação foi com o “terrorismo econômico” dos oposicionistas, segundo o qual o governo Dilma põe em risco a estabilidade econômica e o controle da inflação.

Outra emenda aprovada no texto-base, proposta pelo deputado estadual Edinho Silva (SP), que será o tesoureiro da campanha à reeleição, foi resposta à compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, negócio considerado suspeito de superfaturamento e aprovado por Dilma quando era ministra da Casa Civil no governo Lula e presidia o conselho de administração da estatal.

Orientado pelo Planalto, o PT resolveu tratar a denúncia como um ataque à Petrobras, e não à presidente Dilma, e como uma investida da oposição com objetivo eleitoral.

Na resolução, o PT afirma que “mais uma vez estamos presenciando a oposição e os setores conservadores da nossa sociedade fazerem ataques para atingir a imagem da Petrobras. É importante relembrarmos que a nossa maior empresa pública foi alvo da política de privatizações no governo liderado pelo PSDB, apoiado pela elite nacional, representado por FHC”.

A direção do PT faz um esforço para tentar contornar a nota em que Dilma afirma que apoiou a compra de Pasadena baseada em “documentação falha” e “informações incompletas”.