Política
Reinaldo e André travam batalha de bastidor por vaga no TCE e Presidência da Assembleia
Tudo parecia resolvido até que Reinaldo tomou posse e passou a articular intensamente para emplacar na presidência da Assembleia o deputado Zé Teixeira.
Flávio Paes/Região News
12 de Janeiro de 2015 - 14:13
O governador Reinaldo Azambuja e seu antecessor no cargo, André Puccinelli, estão travando uma autêntica guerra de bastidores por influência e controle de dois espaços importantes de poder: a presidência da Assembléia Legislativa e uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado. André encaminhou articulação para a escolha do deputado Junior Mochi, um parlamentar que lhe é muito fiel, para a presidência da Assembleia. Indicou e até nomeou o deputado Antonio Carlos Arroyo, para ocupar a vaga aberta no TCE com a aposentadoria do conselheiro José Ricardo. Osmar Jerônimo e Jerson Domingos, fiéis escudeiros do ex-governador, já estão com vaga assegurada e certamente André conta com eles, nos processos de análise e julgamento das contas da sua administração.
Tudo parecia resolvido até que Reinaldo tomou posse e passou a articular intensamente para emplacar na presidência da Assembleia o deputado Zé Teixeira, eleito na sua coligação e no Tribunal de Contas, outro aliado (o deputado eleito Flávio Kayatt) abrindo vaga no Legislativo, para o 1º suplente do Solidariedade, Herculano Borges, que é vereador na Capital.
Para tentar quebrar o aparente favoritismo de Mochi, o governador saiu a campo Não é uma tarefa simples, já que a coligação do governador só elegeu cinco deputados. Atraiu o apoio do PR, que tem dois deputados, oferecendo ao deputado Paulo Correa, a 1ª secretária (o cargo mais importante depois da presidência). Espera contar com os três votos do PDT, partido que esteve no palanque de Delcidio, mas foi contemplado com a indicação do advogado Gerson Claro para a direção do Detran. Ofereceu ao deputado Márcio Fernandes, do PT B, a Secretaria de Agricultura, mas o parlamentar (muito próximo do ex-governador) rejeitou. Para tentar o apoio do socialista José Carlos Barbosa, a presidência da Sanesul (ainda indefinida) pode se uma moeda de troca importante.
No lado do peemedebista Junior Mochi, seu maior trunfo, é a garantia da bancada de quatro deputados do PT, que indicou o deputado Pedro Kemp para a 1ª secretaria.
Uma resolução da direção regional do partido, que o deputado federal eleito Zeca do PT postou em seu Facebook, consolidou o alinhamento com o representante do PMDB. Por resolução, os petistas estão proibidos de se alia ao PSDB e partidos aliados aos tucanos, para eleição da Mesa Diretora da Assembleia e da Associação dos Municípios (Assomasul).
"Nossa bancada tem compromisso com o deputado Junior Mochi para presidente", disse neste domingo (11) o deputado Pedro Kemp, reeleito para seu quinto mandato e, atualmente, segundo-secretário da casa.
O petista Amarildo Cruz também pontua a impossibilidade de coligação com o outro candidato à presidência, o deputado Zé Teixeira, do DEM, que tem o apoio do governador para substituir Jerson Domingos (PMDB). Eu descartaria (aliança com o DEM) até por questões ideológicas e por vedações do próprio partido, tanto da direção estadual quanto da nacional, declarou o parlamentar, para quem uma candidatura própria do PT seria o ideal.
Nossa bancada defende mudanças na gestão da mesa, principalmente. Maior transparência, aproximar a Assembleia da sociedade. Mudanças com relação à quantidade de funcionários e à própria estrutura, diálogo com deputados. Uma série de pontos que achamos importante e que estamos discutindo com o deputado Junior Mochi. O PT foi, inclusive, um dos primeiros partidos a articular sua candidatura, completa Amarildo Cruz.
A posse dos deputados eleitos para a próxima legislatura e escolha da mesa diretora da Assembleia estão marcadas para o próximo dia 1º de fevereiro, na sede do legislativo estadual.




