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Política

Substituição de Joana Michalski no Social pode instalar crise e provocar novo racha no PT

Jean Nazareth, não aceita a justificativa de que a secretária Joana Michalski, embora tenha uma atuação bem avaliada tecnicamente, não faz parte da cota do PT.

Marcos Tomé/Região News

21 de Março de 2014 - 13:25

O PT deve apresentar ainda hoje ao prefeito Ari Basso (PSDB) um novo nome para substituir a atual secretária de Assistência Social, Joana Michalski. Os nomes cotados até agora para ocupar o comando da pasta são: Wanderley Lopes Barbosa, presidente do diretório municipal, Márcio Marqueti, diretor do Departamento de Planejamento e o ex-presidente do diretório municipal, Gilmar Antunes.

Após noticia publicada pelo Região News na noite de ontem dá carta reivindicativa de alguns setores do PT, impondo a substituição da titular do Social, o secretário de Finanças do partido, ex-vereador Jean Nazareth, saiu em sua defesa. Em sua avaliação, não há nada que desabone a conduta partidária de Joana Michalski, muito menos sua atuação no comando da Secretaria.

“Sou contra. Alias, até agora ninguém submeteu a apreciação dos membros do diretório essa pauta pedindo a substituição da Secretaria. Oras, se é o partido quem assim deseja, é justo e salutar que democraticamente possamos discutir o assunto. Consultei ao menos sete membros do diretório a respeito desta decisão, pra minha surpresa, ninguém tinha conhecimento. Sou membro da Executiva do partido e também não fui questionado sobre essa deliberação”, argumenta.

Jean Nazareth, não aceita a justificativa de que a secretária Joana Michalski, embora tenha uma atuação  bem avaliada tecnicamente, nunca foi um nome de consenso das diferentes alas petistas, que não se sentem representados pela Secretaria porque sua indicação surgiu a partir de convite do PSDB depois da eleição de outubro de 2012.

“Sou petista e sinto-me extremamente satisfeito com seu trabalho na pasta. Este discurso não cola. Estão querendo mais uma vez usar o nome do PT para abrigar esse ou aquele no alto escalão do governo. O partido não pode ser ferramenta de meia dúzia de pessoas para promover o chamado “cabidão de emprego”, que no final das contas, é isso que está se buscando com esta manobra”, dispara.

Caso insistam na substituição da secretária, Jean não descarta a possibilidade de haver um novo racha no partido. “Não compactuo desta política do empreguismo. O PT é maior que os interesses pessoais de cada um”. Em sua avaliação, a Secretaria de Assistência Social é um dos poucos setores sob o comando do partido que de fato funciona.