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Política

Troca de cargos na Assembleia deve acirrar os ânimos entre partidos rivais

Desde que rompeu a aliança com o PMDB, às principais lideranças do PSDB, sempre que podem, disparam contra os adversários.

Willams Araújo

08 de Janeiro de 2014 - 08:36

O retorno do deputado estadual Carlos Marun (PMDB) à Assembleia Legislativa deve acirrar ainda mais o ânimo entre PMDB e PSDB em Mato Grosso do Sul. Atualmente licenciado da Assembleia e exercendo cargo de secretário de Habitação e das Cidades no governo do Estado, Marun reassumirá a vaga em meados de abril em lugar do suplente Professor Rinaldo (PSDB).

O retorno de Marum, que deve tentar uma cadeira na Câmara Federal, além de ampliar a bancada peemedebista na Casa para cinco representantes, enfraquecerá a do PSDB, atualmente com quatro parlamentares.

Os deputados Jerson Domingos, presidente, Eduardo Rocha, Júnior Mochi, Marquinhos Trad e Maurício Picarelli pertencem a bancada do PMDB, enquanto os tucanos que atuam no legislativo estadual são Dione Hashioka, Márcio Monteiro, Onevan de Matos e Professor Rinaldo, que deve ficar no ‘sereno político’ a partir do retorno do titular da vaga.

A possibilidade de mudança com a perda de um representante sempre preocupou os tucanos, principalmente quando o governador André Puccinelli (PMDB) ameaçava estrategicamente mandar Marun de volta a Assembleia por conta de divergências com o comando regional do PSDB.

A ameaça ocorreu depois que a cúpula tucana rompeu uma aliança histórica com o PMDB para lançar o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) candidato a prefeito de Campo Grande em 2012.

Apesar de não ter conseguido êxito, Azambuja se uniu ao senador Delcídio do Amaral, pré-candidato do PT à sucessão estadual, para derrotar o deputado federal Edson Giroto (PMDB) no segundo turno das eleições municipais em confronto com Alcides Bernal (PP).

Precavido, Rinaldo teve de se ater as exigências do governador, mantendo-se com uma postura independente na Casa, ou seja, sem fazer a mesma oposição acirrada adotada por Azambuja e outros líderes tucanos durante o período da campanha eleitoral.

OPOSIÇÃO

Desde que rompeu a aliança com o PMDB, às principais lideranças do PSDB, sempre que podem, disparam contra os adversários.

Além de Azambuja, o presidente regional do PSDB, deputado estadual Márcio Monteiro, não tem poupado críticas aos rivais. Azambuja retomou as críticas logo no começo do ano ao considerar exagerada a carga tributária em Mato Grosso do Sul em comparação a outros estados.

 “O ICMS dos combustíveis em MS é um freio para o desenvolvimento do Estado. Estamos perdendo oportunidades. Se diminuirmos o percentual da alíquota de ICMS sobre esses produtos e eu não tenho dúvida que o aumento do consumo supriria, em médio prazo, essa diferença dos recursos que entrariam nos cofres do Estado”, alfinetou, por meio de nota distribuída por sua assessoria de imprensa.