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Região

Josilene, Geni e Léa: histórias de mulheres que alimentam o mundo

Assessoria de Comunicação

08 de Março de 2021 - 08:54

A força e a evolução da mão de obra feminina no mercado de trabalho nas últimas décadas são indiscutíveis. A necessidade e o prazer de conquistar um espaço no mundo corporativo fazem de muitas mulheres verdadeiras heroínas que conseguem conciliar vida profissional e pessoal com maestria, especialmente quando falamos de um ambiente que antes era dominado por homens: a indústria. Conforme dados da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), de cada quatro pessoas empregadas da indústria, uma é do sexo feminino. 

Milhares de histórias inspiradoras podem ser encontradas nas unidades de negócios da JBS – maior companhia de proteína do mundo –, em Mato Grosso do Sul. Entre os mais de 12 mil colaboradores que a Companhia a emprega no estado, destacamos as trajetórias de vida de Josilene de Brito, que começou na linha de produção, em Sidrolândia, e hoje é supervisora de produção; de Geni Ramos, de Dourados, que largou a cozinha e superou diversos desafios para liderar, hoje, uma equipe de 75 colaboradores na principal linha de presuntos da Seara no Brasil; e de Léa Ribeiro, de Campo Grande, que ainda estagiária descobriu na indústria de proteína a paixão por alimentar o mundo.

Josilene 

Josilene, Geni e Léa: histórias de mulheres que alimentam o mundo
Josilene Alves de Brito de Sidrolândia. Foto: Divulgação

Josilene Alves de Brito, 33 anos, é coordenadora de produção na unidade da JBS em Sidrolândia e conta com um time de 600 pessoas sob sua supervisão. Morou na zona rural até os 16 anos, quando se casou, teve uma filha, e, recém-separada aos 18, foi para a cidade buscar emprego na Companhia, mesmo com Ensino Médio incompleto. O objetivo: ter melhores condições de criar e sustentar a filha. “Eu trabalhava durante o dia na linha de produção da JBS e estudava à noite. Consegui, por meio do EJA (programa de Educação de Jovens e Adultos), terminar os estudos e comecei a fazer um curso técnico em radiologia. Quando terminei o curso tinha duas opções: ou me mudaria para Campo Grande para exercer a profissão, ou tentaria uma promoção na unidade”, conta.

Incentivada por uma supervisora, a promoção para trabalhar na área de Garantia de Qualidade veio após três tentativas. Motivada e com perspectivas de crescimento oferecidas pela empresa, iniciou a graduação em Engenharia de Produção. “No meio do curso, meu pai sofreu um AVC e, mesmo tendo que auxiliar a família nesse momento difícil, conquistei mais duas promoções”, explica. Com uma trajetória sólida na JBS e dando continuidade aos estudos, com um MBA em Gestão Estratégica de Negócios no currículo, hoje é gestora de supervisão. “Percebi que teria que estudar para aproveitar todas as oportunidades que a JBS me ofereceu e sempre busquei o melhor para que pudéssemos crescer juntos. Minha filha e meus pais sempre foram meu combustível para buscar mais, e, hoje, minha netinha, alegria da casa, é mais um motivo para eu continuar correndo atrás das minhas conquistas”, finaliza. 

Geni 

Josilene, Geni e Léa: histórias de mulheres que alimentam o mundo
Geni Dalceco Paes Ramos de Dourados.  Foto: Divulgação

Geni Dalceco Paes Ramos tem 45 anos, e há 15 deixou de ser cozinheira para superar os desafios da linha de produção de uma das plantas mais modernas da Seara no Brasil, localizada em Dourados. Formada em Gestão Financeira, começou sua trajetória na JBS como ajudante de produção. “Fui desafiada diversas vezes dentro da empresa e já passei por diversas áreas até me firmar como supervisora de produção”, conta a mãe de dois filhos e que hoje lidera um time de 75 colaboradores. O tamanho do desafio é grande, pois a unidade é responsável pela produção do Presunto Seara, um alimento que abastece todo o mercado nacional. “A empresa depositou muita confiança no meu trabalho, então busco sempre incentivar meu Time e mostrar para eles que os resultados só serão possíveis com muita determinação e disciplina. Sinto um grande orgulho em ver que tocamos, diariamente, a mais moderna linha de produção de presunto do país”, relata. 

O crescimento na empresa também permitiu a Geni voltar a estudar e se formar em Gestão Financeira. “Foi na JBS que despertei para a necessidade de retomar os estudos. Não é fácil conciliar os diversos papéis na sociedade, como mãe, esposa, aluna e profissional da indústria de alimentos. Claro que às vezes a gente acha que não vai dar conta, mas com apoio dentro de casa e no ambiente de trabalho a gente supera tudo. Eu gosto da dinâmica de produção, sempre ter um desafio, lidar com pessoas, e agora pretendo me especializar em questões técnicas, e continuar crescendo dentro e junto com a empresa", encerra.

Léa 

 

Josilene, Geni e Léa: histórias de mulheres que alimentam o mundo
 Léa Alessandra Gomes Ribeiro de Campo Grande.  Foto: Divulgação

Alimentar o mundo nunca fez tanto sentido quanto no último ano. Léa Alessandra Gomes Ribeiro, 41 anos, é apaixonada pelo setor desde a graduação em Engenharia de Alimentos, na Universidade Estadual de Maringá. De lá, partiu para um estágio extracurricular na planta da JBS, em Naviraí, onde ela dizer ter definido seu destino profissional. “O estágio foi a porta de entrada para o meu sonho. Estagiei tanto em Naviraí quanto em Lins (SP), onde fui contratada como supervisora da Garantia da Qualidade, e, por uma questão de destino, voltei para a cidade sul-matogrossense alguns anos depois", explica. Mas o horizonte estava em uma das fábricas da Companhia na capital. “Participei do projeto e das implantações na unidade em Campo Grande. Trabalhamos muito até que a planta começasse a rodar. Começamos com a produção in natura e depois veio a produção de alimentos preparados”, lembra. 

Na capital, conheceu o marido, casou e teve uma filha, Olívia, mas nunca deixou de ver com bons olhos a participação da mulher no mercado de trabalho como algo extremamente desafiador. “É preciso administrar essa integração entre vida pessoal, maternidade e vida profissional, e conquistando o equilíbrio entre todas as partes. Durante minha gestação, tive muito apoio da empresa e, no papel de gestora, busco repassar esse mesmo apoio às nossas colaboradoras, porque esse valor faz toda diferença”, expôs. No último ano, Léa viu os olhos do mundo se voltarem para o seu trabalho, já que, com a pandemia do novo coronavírus, as indústrias de alimentos, que integram o rol de atividades essenciais, continuaram operando para alimentar o mundo. “O nosso trabalho é entregar o alimento ao mundo. Não à toa, hoje estamos na mesa dos consumidores em mais de 190 países. Tenho muita satisfação de participar de uma cadeia produtiva tão fundamental”, finaliza.