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Região

Prefeito de Ribas diz que foi vítima de investigados na operação do Gaeco

Entre os alvos da operação "Cidade da Propina" está o ex-prefeito da cidade, que responde por corrupção passiva

Correio do Estado

16 de Agosto de 2023 - 16:50

Prefeito de Ribas diz que foi vítima de investigados na operação do Gaeco
Prefeito de Ribas, do PSOL, diz que não é investigado do Gaeco e ex-prefeito responde por corrupção - Divulgação.

Após as buscas realizadas em Ribas do Rio Pardo, durante a operação “Tangentopoli”, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de MS (MP-MS), o prefeito da cidade, João Alfredo Danieze (PSOl), emitiu nota informando que não foi alvo da investigação.

De acordo com o informado, não houve buscas e apreensões na sede do Executivo  Municipal ou na residência do prefeito, já que, segundo Danieze, ele é vítima dos crimes cometidos pelos investigados. A nota também esclarece que nenhum secretário municipal da atual gestão foi alvo da operação de hoje.

O prefeito afirma que o ex-prefeito, José Ramos, conhecido como Zé Cabelo, e os ex-vereadores, incluindo o ex-presidente da Câmara, tentaram chantagear a nova administração para obter vantagens financeiras. Inclusive, segundo o Danieze, os investigados respondem processo por corrupção passiva. Por fim, o prefeito diz lamentar que a cidade ganhe a alcunha de “Tangentopoli”, o que significa “cidade da propina”.

“Lamentamos, no entanto, que nossa cidade sofra o batismo dado o nome desta operação: Tangentopoli (cidade da propina), quando várias outras autoridades, inclusive da Câmara Municipal, são dignas de credibilidade e seriedade.”, conclui a nota.

OPERAÇÃO

Conforme já divulgado pelo Correio do Estado, três promotores participaram da operação no município, mirando um esquema de corrupção que teria o envolvimento do ex-prefeito da cidade, José Ramos, o Zé Cabelo.

O ex-prefeito, eleito em 2012, enfrentou uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) durante seu mandato e chegou a ser preso em flagrante, transportando eleitores de maneira irregular em 2018.

De acordo com as investigações, tudo indica a existência de uma associação criminosa entre parlamentares e pessoas próximas a esses vereadores. O esquema era usado para formação de uma base partidária para que fossem aprovados os projetos de interesses do então prefeito.

Além de mirar agentes políticos, também foram realizadas buscas por documentos na Câmara Municipal da cidade. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo encontrados mais de R$ 88 mil reais na casa de um dos investigados