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Saúde

Vacinação só começa quando doses chegarem a todas as capitais, diz ministério

G1

14 de Janeiro de 2021 - 07:21

Vacinação só começa quando doses chegarem a todas as capitais, diz ministério
Foto: Divulgação

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, disse nesta quarta-feira (13) que a campanha de vacinação contra a Covid-19 deverá começar ao mesmo tempo em todas as capitais, sem privilegiar os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde ficam o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituições que irão produzir as vacinas do Plano Nacional de Imunização (PNI).

"Eu não posso esperar chegar a 5 mil municípios, 38 mil salas de vacinação, para então startar a vacinação. Então, vai começar quando chegar nas capitais. É essa a ideia." explicou.

Por enquanto, o governo federal não definiu uma data para o início da imunização nacional. A reunião da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para definir a autorização emergencial das vacinas do Butantan e da Fiocruz está prevista para este domingo (17). No sábado (9), a agência informou que aceitou a documentação enviada pela Fiocruz, mas pediu mais informações para o Instituto sobre a CoronaVac.

"É uma equação com várias variáveis. O primeiro aspecto é a aprovação da Anvisa. Estamos aguardando ansiosamente a aprovação das duas vacinas solicitadas, Butantan e AstraZeneca. Vamos começar a vacinação simultaneamente nos 26 estados e no DF. Não vamos começar por um estado só, vai começar em todos ao mesmo tempo".

Dezenas de países já começaram a vacinação contra o coronavírus. O Brasil, apesar de ter contrato com a vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz, ainda não conseguiu aprovar o produto e iniciar a imunização. Nesta quarta-feira, em visita a Manaus, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, disse que um avião irá decolar para buscar 2 milhões de doses prontas da vacina na Índia.

Pazuello no Amazonas

Ainda durante a visita ao Amazonas, o ministro disse que, em janeiro, o governo terá 8 milhões de doses de dois tipos de vacina contra a Covid-19. Serão 6 milhões de doses da CoronaVac, imunizante produzido pelo Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, e outras duas milhões de doses da vacina de Oxford, as mesmas que o avião deverá trazer da Índia.

Pazuello afirmou ainda que vai levar de 3 a 4 dias para iniciar a distribuição do imunizante ao estados após a aprovação da Anvisa.

"A Anvisa vai se pronunciar no dia 17. Se a Avisa se alongar, para o dia 21 ou 22, botem os números pra frente, mas é janeiro [que começa a vacinação]", afirmou

Previsão anterior

No final de dezembro, Élcio Franco havia dito que a vacinação começaria entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro.

"Na melhor hipótese, nós estaríamos começando a vacinação a partir do dia 20 de janeiro. Num prazo médio, entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro. E no prazo mais longo, a partir de 10 de fevereiro", disse o secretário-executivo.

"Nós precisamos que os fabricantes obtenham o registro junto à Anvisa, e que eles entreguem doses suficientes para que sejam distribuídas. Se o distribuidor obtiver o registro e eventualmente não tiver dose para distribuir... entenda. O Ministério da Saúde enquanto Ministério da Saúde tem feito a sua parte, fizemos o plano [nacional de imunização], estamos com a operacionalização pronta, nos preparando para esse grande dia, mas precisamos que os laboratórios solicitem o registro".

Memorando de intenções

Em 10 de dezembro, o Ministério da Saúde anunciou que assinou o "memorando de intenções" para a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer em parceira com a alemã BioNTech. Segundo a farmacêutica americana, uma reunião foi realizada com a Anvisa quatro dias depois, em 14 de dezembro. Devido à quantidade de documentos exigidos para o pedido de uso emergencial, a Pfizer informou que o formato de submissão contínua parece ser mais rápido.

No mesmo dia em que anunciou o "memorando de intenções" para a compra da vacina da Pfizer, o Ministério da Saúde informou que também há um acordo semelhante para uso da CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. A vacina tem contrato de fabricação já firmado com o Governo do Estado de São Paulo, de João Doria.

Na última quinta (7), o Butantan confirmou que assinou um contrato com o Ministério da Saúde para a aquisição de doses da CoronaVac. O documento prevê o fornecimento de 46 milhões de doses, em quatro entregas até o dia 30 de abril. Há ainda a possibilidade de o órgão federal adquirir do instituto outras 54 milhões de doses, totalizando 100 milhões.