SIDROLÂNDIA- MS
Após 111 dias de internação, a pequena Maria Rita volta para casa curada após transplante de medula
A recepção foi repleta de emoção, abraços e lágrimas, encerrando um longo período em que a rotina da família se resumia a hospitais, sondas e cuidados intensivos.
Redação/Região News
14 de Agosto de 2025 - 10:19

O 10 de agosto de 2025, Dia dos Pais, ficará marcado para sempre na memória da família de Maria Rita, de apenas um ano. Depois de passar 111 dias internada e enfrentar uma batalha contra uma doença rara, a menina voltou para casa nos braços do pai, trazendo de volta o riso e a esperança para todos. A recepção foi repleta de emoção, abraços e lágrimas, encerrando um longo período em que a rotina da família se resumia a hospitais, sondas e cuidados intensivos.
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Diagnosticada com síndrome de Kostmann — uma grave imunodeficiência congênita — Maria Rita passou metade de sua vida internada e o restante em isolamento absoluto para evitar infecções.
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A luta começou cedo. Com apenas 10 dias de vida, ela apresentou um abscesso e infecção no umbigo. Vieram outras internações, bronquite, infecções por bactérias hospitalares e até falência renal, que exigiu diálise. “Teve um momento em que os médicos falaram que minha filha era um ponto de interrogação. Eu só me apegava a Deus”, relembra a mãe, Ingrid Gabriele, 25 anos.

O diagnóstico definitivo indicou que apenas um transplante de medula óssea poderia salvá-la. Sem ele, a expectativa de vida não passaria de um ano. Inicialmente, a família recebeu orientação para buscar tratamento em São Paulo, mas uma conversa com outra mãe a levou a Curitiba, referência nacional em casos de imunodeficiência.
Em uma madrugada de desespero, Ingrid enviou mensagem para uma médica especialista, que respondeu prontamente, pediu os exames e, no mesmo dia da consulta, cadastrou Maria Rita no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).
O improvável aconteceu: foram encontradas duas doadoras brasileiras 100% compatíveis. “Era quase impossível. Foi um milagre”, diz Ingrid.
O transplante foi realizado em 29 de abril. Após meses de recuperação, Maria Rita recebeu alta e voltou para Sidrolândia no Dia dos Pais. Familiares e amigos prepararam uma recepção emocionante para marcar a vitória da menina.
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“Foi o presente do meu marido e de toda nossa família. Eu saí daqui sem saber se voltaria com ela nos braços. Ouvi que ela não sairia da UTI, que não passaria de um ano. Ver ela voltando para casa curada foi a promessa de Deus se cumprindo”, afirma a mãe.
O tratamento seguirá com consultas mensais em Curitiba até a alta definitiva, mas, para a família, cada dia agora é uma nova vitória. “A Maria Rita tem um testemunho muito grande. A gente lutou, orou e acreditou. Hoje, poder vê-la em casa é tudo o que eu pedi”, conclui Ingrid.




