SIDROLÂNDIA- MS
Após sete anos, rapaz é capturado e começa a cumprir pena de 12 anos pela morte de 'Alemão'
O homicídio aconteceu em 12 de agosto de 2017, em frente à residência da vítima, no Bairro São Bento.
Redação/Região News
12 de Novembro de 2025 - 13:20

Após sete anos do assassinato de Deivid Thiel de Lima, conhecido como “Alemão”, E.R.F, começa a cumprir a pena de 12 anos em regime fechado. A prisão ocorreu nesta terça-feira (11) pela Polícia Militar, na região do Capão Seco, às margens da MS-258, após denúncia anônima sobre a presença do condenado que tomava cerveja num bar localizado na agrovila do distrito.
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O homicídio aconteceu em 12 de agosto de 2017, em frente à residência da vítima, no Bairro São Bento. O episódio teve origem em uma conveniência, onde Alemão tentou intervir em uma briga envolvendo a mãe do condenado, J.C.P.R.
Após a confusão, E.R.F, acompanhado de um comparsa não identificado, dirigiu-se até a residência da vítima em uma motocicleta preta, armado, e efetuou os disparos. O irmão da vítima, Sidnei, presenciou a fuga e foi ameaçado pelo condenado. O crime foi qualificado como homicídio doloso, praticado com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Em 18 de maio de 2023, o Tribunal do Júri condenou E.R.F a 13 anos e 6 meses de prisão em regime fechado pelo homicídio.
Em 16 de julho de 2024, a 3ª Câmara Criminal promoveu a revisou da pena, afastando a agravante da reincidência e reduzindo a condenação para 12 anos em regime fechado. O processo transitou em julgado em 4 de setembro de 2024, quando foi expedido o mandado de prisão que só foi cumprido mais de dois anos depois.
No recurso apresentado à 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, o advogado David Olindo, que atuou na defesa do acusado, sustentou a tese da condenação ter se baseado em boatos e preconceito social, pois E.R. é filho de ex-policial militar. Olindo sustentou que não havia provas robustas de autoria nos autos, pois testemunhas- chave inicialmente se negaram identificar os autores, mas depois teriam sido induzidas por investigadores que, segundo a defesa, teriam agido para retaliar o pai do acusado, policial militar aposentado de quem seriam inimigos.
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De acordo com David, o próprio Ministério Público teria admitido não estar seguro quanto à autoria, tornando necessária a aplicação da dúvida razoável.
Antecedentes criminais
E.R.F já teve outra condenação por homicídio. Em 9 de junho de 2020, foi condenado pela morte da adolescente Pâmela Silveira Saturnino, a 12 anos de prisão, mas em 2024 já estava em liberdade com tornozeleira eletrônica.
Pâmela foi morta em 14 de fevereiro de 2021, com um tiro na cabeça, enquanto estava no veículo Gol conduzido por um rapaz, namorado da vítima. Inicialmente, a polícia suspeitou de outro adolescente, mas depoimento de uma amiga de Pâmela, que estava no banco de trás do carro, revelou que E.R. efetuou o disparo à queima-roupa que matou a adolescente.
Na ocasião, um rapaz e outros dois jovens ficaram feridos. O namorado da vítima foi posteriormente absolvido, pois a Justiça entendeu que ele agiu em legítima defesa.
Morte de adolescente
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Pâmela morreu com um tiro na cabeça enquanto estava no veículo Gol, na Avenida Dorvalino dos Santos. A suspeita inicial da polícia é de que o rapaz tinha uma "rixa" com o adolescente e Emerson, que também ficaram feridos na confusão. Segundo o auto de prisão em flagrante, pela dinâmica apresentada anteriormente, o rapaz teria sido o autor dos disparos que atingiram Emerson (no braço), e o adolescente (no pescoço).
A Polícia Civil acabou concluindo durante a investigação que um outro adolescente, de 17 anos, que até então era o principal suspeito da morte estava acobertando o verdadeiro culpado.
A farsa foi descoberta graças ao depoimento de uma amiga da vítima, que estava no banco de trás do veículo Gol onde Pamela foi executada. De acordo com a testemunha, Emerson estava debruçado sobre a janela do passageiro do veículo.




