SIDROLÂNDIA- MS
Balbinos nega envolvimento em lavagem de dinheiro, apresenta NF’s, comprovantes bancários e GTAs de gado abatido
O empresário apresentou a reportagem documentos que comprovam a legalidade das transações comerciais realizadas com Cláudio Jordão.
Redação/Região News
15 de Julho de 2025 - 15:55

Em entrevista ao Região News na tarde desta terça-feira (15), o empresário Márcio Fedes, proprietário do frigorífico Balbinos Agroindustrial, sediado em Sidrolândia (MS), negou qualquer envolvimento da empresa no suposto esquema de lavagem de dinheiro denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE), envolvendo o ex-vereador Claudinho Serra (PSDB) e seu pai, Cláudio Jordão de Almeida Serra.

O empresário apresentou a reportagem documentos que comprovam a legalidade das transações comerciais realizadas com Cláudio Jordão, incluindo notas fiscais eletrônicas, comprovantes de transferências bancárias e também as GTAs (Guias de Trânsito Animal) registradas na IAGRO (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), confirmando o transporte e entrada dos animais no frigorífico.
As duas operações mencionadas ocorreram em maio de 2022, quando Claudinho Serra era secretário de Fazenda, com os seguintes dados:
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• Nota Fiscal nº 000.060.207, emitida em 16/05/2022, referente à compra de 21 bovinos, com valor total de R$ 135.837,47.
• GTA nº 951333, registrada na IAGRO, referente ao transporte desses 21 animais.
• Nota Fiscal nº 000.058.358, emitida em 13/05/2022, referente à compra de 30 caneca de boi, no valor de R$ 119.553,76.
• GTA nº 848631, registrada na IAGRO, referente ao transporte dessas 30 cabeças.
• Comprovante de TED de R$ 133.800,10, realizado em 16/05/2022, com destino à conta de Cláudio Jordão, conforme orientação do próprio fornecedor;
• Comprovante de TED de R$ 117.760,36, realizado em 13/05/2022, também em nome de Cláudio Jordão, mas pago na conta do filho, Claudinho Serra, a pedido do pai, segundo prática comum em propriedades familiares.
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Segundo Márcio Fedes, o frigorífico não tem qualquer ingerência sobre a origem do dinheiro utilizado por seus fornecedores. “O nosso compromisso é com a legalidade da compra: exigimos a documentação fiscal, as GTAs, conferimos o peso e realizamos o pagamento com base em dados bancários fornecidos pelo próprio produtor. Neste caso, tudo está registrado”, afirma o empresário. Ele também explicou que é comum em propriedades rurais familiares que o pagamento ocorra em contas de filhos ou outros membros da família que auxiliam na gestão da fazenda, como no caso da Fazenda Divisa.

Segundo o empresário, toda a negociação foi documentada em conversas pelo WhatsApp entre Cláudio Jordão e o frigorífico, incluindo os envios das notas fiscais, GTAs, dados bancários e confirmação do pagamento. “Acredito que o Ministério Público tenha tido acesso a essas informações, já que o aparelho celular de Claudinho Serra, onde constavam os comprovantes bancários e os documentos fiscais, reforçando a legalidade da operação do frigorífico”, destaca o empresário indignado, embora tais informações sejam públicas e de fácil acesso pelo os órgãos de controle.
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A manifestação do empresário vem após a denúncia do MPE que aponta que o ex-vereador usava o pai para adquirir gado com dinheiro de propina, revendendo os animais ao frigorífico para lavar os valores ilícitos. No entanto, os documentos apresentados pela empresa demonstram que as compras foram feitas conforme as regras legais e com entrega efetiva dos animais. O empresário afirma que não foi ouvido e que ficou sabendo por meio da imprensa o suposto envolvimento do frigorífico Balbinos na trama. “Estou tranquilo quanto à legalidade e coloco à disposição das autoridades para esclarecimentos. Compramos, recebemos, abatemos e pagamos conforme manda a lei. Toda a documentação está disponível. Não existe nenhum indício de irregularidade por parte da nossa empresa”, concluiu Márcio Fedes.




