Braço inicial do 'anel rodoviário' tem custo estimado em R$ 6 milhões e vai atender frigorífico

O prefeito Rodrigo Basso está empenhado em construir parceria com o Governo do Estado e a União para viabilizar o que na prática será o primeiro braço do contorno rodoviário de Sidrolândia: a implantação de uma avenida de 5 km que ligará a MS-162 (saída para Maracaju) e o acesso ao Frigorífico Balbinos, por onde será possível chegar ao São Bento, o bairro mais populoso da cidade. A pretensão do prefeito é que o custo da obra, estimado em R$ 6 milhões, seja dividido entre o município, o Estado e o Governo Federal, recurso alocado por meio de emenda parlamentar.

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Nesta terça-feira, com a intermediação do deputado Gerson Claro, presidente da Assembleia Legislativa, o prefeito apresentou o projeto ao secretário de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara. Nesta quinta-feira, o deputado federal Vander Loubet vai estar em Sidrolândia para conhecer mais detalhes do projeto. O parlamentar petista, em reunião com o prefeito ainda no período de transição, se comprometeu a destinar uma emenda de R$ 2 milhões para a obra.

"O prefeito está convencido da  necessidade da união de todas as forças, independente das questões partidárias e ideológicas, num pacto pelo desenvolvimento da cidade", comenta o secretário de Governo, Natalino Gonzaga. A abertura desse acesso vem sendo discutida desde 2014, quando dois produtores rurais doaram 13 hectares ao município para a criação de uma avenida de duas pistas, planejada para desviar o tráfego de caminhões e carretas do centro da cidade. Contudo, o projeto enfrentou dificuldades financeiras e burocráticas.

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Em 2021, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente chegou a notificar a Agesul pela falta de um projeto de drenagem que resolvesse a destinação final da enxurrada que atravessa o bueiro construído na MS-162, no trecho de 700 metros duplicado até o complexo de armazenagem da Cooperativa LAR, concluído em maio de 2019. Ao invés de tubulação, foi feita uma valeta margeando a estrada aberta para servir de acesso ao Frigorífico Balbinos, por onde escoa as águas pluviais. No entendimento dos técnicos da Secretaria seria necessário um dissipador de energia para reduzir a velocidade da enxurrada e até mesmo uma bacia de retenção ocupando parte da área da lavoura, para evitar o surgimento no futuro de um processo erosivo.

O custo estimado do projeto de drenagem era de R$ 800 mil, além da necessidade de desapropriação ou doação de 5 hectares para a construção do piscinão. O acesso foi finalmente aberto em 2020 pela Agesul, mas permaneceu inutilizado por um ano devido à ausência de licenciamento ambiental para a construção de uma travessia sobre o Córrego Água Azul. O licenciamento foi concedido em 2021, quando a tubulação necessária foi instalada. Além de retirar do centro da cidade o fluxo de carretas que entram e saem do Frigorífico Balbinos, o novo acesso atenderá áreas destinadas à instalação de empresas e projetos habitacionais, incluindo o projeto já contratado da construção de 230 casas, além da abertura de um loteamento aprovado ano passado.