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SIDROLÂNDIA- MS

Censo mostra queda da migração e supremacia paulista entre os que vieram de fora

Em 22 anos, marco temporal dos três últimos censos (2000,2010 e 2022), houve redução de 22% do fluxo migratório para Sidrolândia.

Redação/Região News

06 de Julho de 2025 - 19:16

Censo mostra queda da migração e supremacia paulista entre os que vieram de fora
Vista aérea de Sidrolândia. Foto: Arquivo RN

Em 22 anos, marco temporal dos três últimos censos (2000,2010 e 2022), houve redução de 22% do fluxo migratório para Sidrolândia onde o percentual da população nascida em outros estados caiu de 26,06% para 20,6%, de 10.970 para 9.706 habitantes.

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Embora a " invasão" sulista das décadas de 70 e 80 tenha sido determinante para a virada de chave na base econômica de Sidrolândia da pecuária para a produção agrícola, atualmente o maior contingente de migrantes é formado por paulistas que representam quase 23% da população sidrolandense que nasceu em outros estados.

No auge da migração sulista, época em que Sidrolândia tinha 23.483 habitantes, 2.717 moradores, 11,57% da população tinha nascido em um dos três estados da região meridional do País. Hoje, eles representam 7,66%, a migração de paranaenses cresceu 61% (de 1.176 para 1.897 migrantes); a gaúcha caiu 5,40% (de 1.203 para 1.138); catarinense aumentou 10,79% (de 519 para 575).

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O fluxo de nordestino que veio para a cidade cresceu 64%. Há 22 anos eles eram 1.140, agora são 1.665. Antes representavam 4,85% da população, agora são 3,97%. Em 22 anos, a colônia paulista aumentou 48% de 1.500 para 2.223 habitantes. No início dos anos 2000, quando moravam na cidade 23.483 pessoas, 6,39 % da população era formada por paulista.

Censo mostra queda da migração e supremacia paulista entre os que vieram de fora

Uma década depois (2010), o fluxo aumentou 53%, com a chegada de mais 804 migrantes nascidos nas terras bandeirantes. Com o crescimento da migração interna sul-mato-grossense (moradores de cidades vieram para Sidrolândia atraídos pelas oportunidades de emprego), os 2.304 paulistas residentes aqui na época, eram 5.47% dos habitantes. Hoje há um pouco menos, são 2.223, 4,72% da população da cidade.

Um desses paulistas que se estabeleceu em Sidrolândia é o engenheiro agrônomo Antônio Marcato, natural de Presidente Bernardes, filho de uma família de pequenos produtores dedicada a produção de amendoim e pecuária de subsistência. Em 1972 foi para a capital paulista onde por seis meses fez um cursinho preparatório, conseguindo ingressar no ano seguinte na Faculdade Luiz Meneguelli onde se formou engenheiro agrônomo. Em 1978 veio para Mato Grosso do Sul, se fixando inicialmente em Dourados. Começou em 1996 a trabalhar na cidade onde fixou residência em 2002 onde é atualmente uma das referências na avicultura.

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De Tupi Paulista, um pequeno município da Alta Paulista de 16 mil habitantes, vieram uma leva de profissionais de educação que se mudaram para Sidrolândia. Um desses professores foi Márcio Marqueti, hoje diretor da Escola Estadual Catarina de Abreu. Ele chegou aqui em 1996, a convite do professor Luiz Tadeu (falecido em 2021), que conheceu em Tupi Paulista onde era vizinho da mãe dele.

Também é de Tupi Paulista, a esposa de Márcio, Ana Cláudia Bello, Carlito da Silva Carmo (irmão do ex-vereador Luiz Tadeu), além das professoras Suzana Amador, Luciana Capetta, dentre outros.