Com a criação de fundo, 1ª-dama vai dividir com Secretaria projetos de ação social

A 1ª-dama de Sidrolândia, Valéria Basso, que nos primeiros seis meses de gestão de forma informal influenciou e teve a palavra final em questões relacionadas a área social e a defesa dos direitos da mulher, com a criação do FAC (Fundo de Apoio à Comunidade), como presidente do comitê gestor, passa a ter de fato e de direito, protagonismo nas ações sociais e projetos filantrópicos voltados às famílias em situação de vulnerabilidade social.

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Valéria Basso vai se conectar com um público com grande capilaridade social em Sidrolândia, onde 32% da população têm renda per capita de R$ 209,00, menos de R$ 7,00 por dia. O prefeito Rodrigo Basso (PL) sancionou no início da semana a lei complementar 205 de criação do FAC que será vinculado diretamente ao gabinete do chefe do Executivo. Além da 1ª dama, que não terá remuneração, atuando de forma voluntária, o comitê gestor do fundo terá a participação dos secretários de Governo e de Administração. Contará com uma dotação inicial de R$ 200 mil, recurso remanejado do saldo do Fundo Municipal de Assistência Social.

Embora formalmente a política de assistência social continuará vinculada a Secretaria Municipal, até porque é a responsável pela gestão municipal do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), na prática a 1ª dama deve estar à frente de projetos como o Bombeiros do Amanhã, ações como a entrega de agasalhos, eventos ligados a terceira idade. Uma das suas tarefas será captar doações, atrair patrocinadores na iniciativa privada e promover eventos destinados a custear projetos e ações sociais.

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Além de recursos do tesouro municipal, o FAC receberá recursos alocados via parcerias com o Ministério Público, Defensoria Pública e o Poder Judiciário.

Densidade política

Na história política de Sidrolândia o trabalho assistencialista desenvolvido por várias primeiras damas serviu de plataforma para entrar no processo político. A professora Rosemary Fiuza, 1ª dama por quatro mandatos, sempre foi uma cabo eleitoral ativa do marido, Daltro Fiúza. Na eleição suplementar de 2021, dona Rose compôs como vice a chapa vitoriosa, encabeçada pela prefeita Vanda Camilo. A ex-vereadora Vilma Felini, secretária de Assistência Social durante os dois mandatos de Enelvo Felini (de 1997/2004) na Prefeitura, com quem na época era casada.

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Este trabalho lhe garantiu popularidade até 2012, quando se elegeu com 1.168 votos e se reelegeu 4 anos depois com 603 votos. A enfermeira Ana Lidia, esposa do ex-prefeito Marcelo Ascoli (2016/2020), teve participação ativa na gestão do marido.