Definida a empresa que vai fazer o projeto de duplicação da BR-060 que deve ficar pronto em julho de 2026

A empresa Beck de Souza Engenharia Ltda foi contratada pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para elaborar os estudos e projetos de engenharia da duplicação da BR-060, no trecho entre Campo Grande e Sidrolândia, por R$ 4.965.813,48, valor 18% menor que o estimado no edital da concorrência, que revia até R$ 6.060.117,98.

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O contrato, publicado no Diário Oficial da União, prevê a elaboração de estudos, projeto básico e projeto executivo para os 56,5 quilômetros da rodovia. A vigência vai de 1º de dezembro de 2025 a 1º de julho de 2027.

A licitação, aberta em julho, permitiu participação em consórcio e combinou técnica e preço como critérios de julgamento. O objetivo, segundo o edital, era ampliar a competitividade e atrair empresas com maior capacidade técnica e financeira.

O projeto envolve várias etapas, começando pela aferição do fluxo diário de veículos, passando pela identificação dos gargalos do tráfego. A partir deste diagnóstico é que serão apontadas as alternativas de solução que vão desde abertura de terceira pista, acostamento, até a duplicação.

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Como o projeto só deve estar pronto em julho de  2026 que é um ano eleitoral,  na melhor das hipóteses, a licitação do primeiro lote da obra só vai sair em 2027. Este cronograma está condicionado a alocação de recursos do orçamento do DNIT, o que vai depender de articulação dos 11 representantes de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional para viabilizar emendas de bancada que  podem chegar a R$ 60 milhões por ano. Numa estimativa inicial, a duplicação de 56 quilômetros vai custar em torno de R$ 400 milhões, o que projeta a execução da obra ao longo de até seis anos. Por conta da existência de emendas impositivas, o orçamento dos órgãos federais é basicamente para custeio, ficando os investimentos condicionados a liberação das emendas.

A duplicação envolve alargamento de 5 metros para cada lado da pista; divisor de tráfego em concreto; ciclovias; viaduto sobre o contorno ferroviário de Campo Grande; viaduto de acesso ao  frigorífico da JBS em Sidrolândia; canteiro central entre a Base Operacional da Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiro e o trecho urbano da rodovia, a Avenida Dorvalino dos Santos. A duplicação abrangeria também a saída para Maracaju até a rotatória com a MS-162 e o trecho da BR-060 de acesso a Nioaque .

O trecho tem tido aumento expressivo no fluxo de veículos, impulsionado por novos empreendimentos instalados em Sidrolândia. Entre eles estão o complexo industrial da Inpasa  inaugurado em 2024, com investimento de R$ 2,3 bilhões e 350 empregos diretos, que gerou um fluxo diário de 500 carretas entrando e saindo da indústria.

Projeto

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O estudo contratado abrangerá elaboração do projeto de recapeamento integral da pista atual, reforçando a base e cobrindo toda a extensão de 56,6 km; construção de aproximadamente 5 km de retornos operacionais, permitindo manobras seguras e evitando conversões irregulares.

• Segunda pista do viaduto em frente à unidade da JBS, em Campo Grande, para garantir acesso seguro a um dos maiores polos industriais da região;
• Projetos de interseção e trevos de acesso para: Estação do gasoduto (em implantação);
• MS-258 (acesso ao distrito de Capão Seco);
• Estrada da Serra da Urca, na altura do Bolicho Seco;
• Quartel do Corpo de Bombeiros, às margens da rodovia; readequação da rotatória do macro anel rodoviário e 5 km
• Ciclovia até o frigorífico da JBS em Campo Grande e tratamento urbanístico e adequações na Avenida Dorvalino dos Santos, principal via comercial de Sidrolândia.