Juiz decreta prisão preventiva de mulher presa com quase 2 toneladas de maconha

A Justiça decretou a prisão preventiva de K.D.A, presa em flagrante com quase duas toneladas de maconha na casa onde mora no Bairro Cascatinha, diante da gravidade concreta do crime, a expressiva quantidade de droga apreendida e indícios de que o imóvel funcionaria como entreposto para o tráfico ligado à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

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K.D.A. foi presa no último sábado (13), após policiais da Força Tática encontrarem 2.078 tabletes de maconha, totalizando 1.877,4 quilos, escondidos em dois veículos estacionados na varanda de uma casa no bairro Cascatinha. Um dos carros, um Chevrolet Onix, apresentava sinais identificadores adulterados, com registro original no Estado de São Paulo.

Na decisão que converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, o juiz destacou que a quantidade de droga apreendida extrapola o tráfico eventual, indicando atuação estruturada e risco concreto à ordem pública. O magistrado também levou em consideração indícios de que a residência seria utilizada como ponto estratégico para armazenamento de grandes cargas de entorpecentes, prática comum em organizações criminosas.

Segundo informações apuradas durante a investigação, a casa onde a droga foi encontrada é apontada como possível entreposto do PCC, utilizado para guardar entorpecentes antes da distribuição para outros municípios ou estados.

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Outro ponto citado nos autos é o histórico criminal do irmão da suspeita, que possui passagens pela polícia por tráfico de drogas, o que, segundo a decisão, reforça a necessidade de aprofundamento das investigações sobre a atuação de um possível grupo criminoso associado.

Defesa pede liberdade ou prisão domiciliar

Durante a audiência de custódia, a defesa, argumentou que K.D.A. é primária, possui emprego formal, renda mensal de cerca de R$ 1.600, e é mãe de dois filhos menores, de 6 e 14 anos. A defesa sustentou ainda que ela não seria proprietária da droga nem dos veículos e que teria apenas guardado o material a pedido de uma terceira pessoa, identificada como “Jéssica”, mediante promessa de pagamento de R$ 1.500.

Com base nesses pontos, foi solicitada a liberdade provisória ou, alternativamente, a prisão domiciliar, alegando que medidas cautelares diversas da prisão seriam suficientes.

Juiz rejeita pedido

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Os pedidos da defesa foram negados. Na decisão, o juiz afirmou que condições pessoais favoráveis não afastam a necessidade da prisão preventiva, diante da magnitude do crime, do potencial dano social e do risco de continuidade delitiva. O magistrado destacou ainda que a suspeita de vínculo com organização criminosa reforça a necessidade da custódia cautelar.

K.D.A. permanece presa à disposição da Justiça. A Polícia Civil continua investigando a origem da droga, a identidade de “Jéssica” e a possível participação de outros envolvidos no esquema criminoso.