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SIDROLÂNDIA- MS

Justiça homologa flagrante e decreta prisão preventiva de dupla que vendia drogas no São Bento

A Justiça decretou, após os acusados passarem pela audiência de custódia, a prisão preventiva da dupla, detidos durante operação da Polícia Civil.

Redação/Região News

10 de Agosto de 2025 - 20:04

Justiça homologa flagrante e decreta prisão preventiva de dupla que vendia drogas no São Bento
Operação da Polícia Civil, que fechou um ponto de venda de drogas no bairro São Bento. Foto: Divulgação

A Justiça decretou, após os acusados passarem pela audiência de custódia, a prisão preventiva de R.A.M, 32 anos, e do comparsa dele, E R.C, 36 anos, detidos durante operação da Polícia Civil, que fechou um ponto de venda de drogas no bairro São Bento. No imóvel, onde também mora a esposa de R.A e três crianças (de 6, dois anos e três meses de idade), os policiais encontraram em um dos quartos 14 porções de crack e 9 porções de cocaína embaladas para venda.

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A droga estava sobre uma pequena mesa, ao lado de uma balança de precisão, lâminas e sacos plásticos utilizados para fracionar e embalar o entorpecente. No mesmo cômodo, havia brinquedos espalhados pelo chão, evidenciando a convivência entre o ambiente familiar e o comércio ilegal. Na cozinha, a polícia ainda localizou R$ 257,00 em dinheiro trocado.

R.A., 31 anos, foi ouvida como testemunha, já que não há indícios de participação dela no crime. Relatou estar desempregada, paga R$ 1.500,00 de aluguel, mas tem como única fonte de renda os R$ 1.000,00 do programa Bolsa Família. Conheceu o marido há três anos, mas só passaram a viver juntos há dois anos quando engravidou do segundo filho. Desde que começou o relacionamento com R.A.M passou a usar entorpecentes em companhia do marido, que é dependente químico. Inicialmente consumia cocaína, mas recentemente, passou a fumar maconha.

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No depoimento à Polícia ela disse que o marido, também sem trabalho, recorreu ao tráfico para reforçar o orçamento doméstico e sustentar o próprio vício. Ele guardava a droga para venda num armário alto que fica na varanda da casa.

“Nunca vendi nada. Só cuido dos meus filhos. As pessoas vinham aqui, mas eu não mexia com nada. Eu sempre falei pra ele parar, que isso ia dar cadeia. Respondia que precisava vender para manter o vício e que não tinha outro jeito de conseguir dinheiro”. Ela também disse ter medo da frequência de pessoas desconhecidas na casa: “Às vezes chegavam homens armados. Eu pegava as crianças e ia para o quarto para não ver nada”.

R.A.M confessou participação do tráfico de drogas, além de admitir que o comparsa o auxiliava nas entregas: “Eu vendo para poder usar. Não tenho outra renda. Ele [o comparsa] me ajuda quando eu não posso sair”. Em outro trecho, admitiu: “Eu sabia que podia ser preso a qualquer hora, mas estava devendo pros caras e precisava pagar”.

O suspeito mora há um ano em Sidrolândia, vindo de Campo Grande. Neste período não conseguiu emprego, acabou recorrendo ao tráfico de drogas para pagar as contas domésticas e financiar o próprio vício.

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O comparsa confirmou parte da versão, dizendo que fazia entregas e recebia parte do dinheiro: “Eu só ajudava a levar a droga quando pediam. Ficava com um pouco de dinheiro, pouca coisa”.

A Polícia Civil destacou que casos assim são recorrentes, com crianças expostas ao tráfico dentro das próprias casas. Em operação recente, sete quilos de cocaína foram apreendidos em outro imóvel com menores presentes; na ocasião, a mãe também não foi presa para continuar cuidando dos filhos.