SIDROLÂNDIA- MS
Mapa da Riqueza mostra sidrolandenses com renda média de R$ 739,10; 54% da estadual por
A pesquisa da FGV, que traz o mapa da riqueza e da distribuição de renda em todos os 5.568 municípios brasileiros.
Redação/Região News
22 de Fevereiro de 2023 - 08:44
Embora a cidade tenha o 13 ⁰ m PIB (Produto Interno Bruto) entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul e esteja entre os 3 maiores polos agrícolas, a renda média da população sidrolandense, R$ 739,10, é só a 37ª no ranking estadual e corresponde a 54% da renda estadual, R$ 1.350,24.
Em compensação, segundo o Mapa da Riqueza divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os segmentos que estão no topo da pirâmide econômica tem a 7ª maior renda de Mato Grosso do Sul, R$ 9.284,92, entre os que fizeram declaração de Imposto de Renda e 18⁰ maior patrimônio líquido médio, R$ 264.132,23.
A pesquisa da FGV traz o mapa da riqueza e da distribuição de renda em todos os 5.568 municípios brasileiros. O estudo mapeia fluxos de renda e estoques de ativos dos mais ricos brasileiros a partir dos últimos dados disponíveis do Imposto de Renda Pessoa Física gerados pela Receita Federal, referente aos exercícios 2020/2019/2018.
Chapadão do Sul lidera o ranking, com renda média de R$ 2.315,14 por habitante, Campo Grande aparece na 2ª posição, com R$ 1.996,11; seguido por Maracaju, com R$ 1.960,45; Dourados, com R$ 1.716,62; e São Gabriel do Oeste, com R$ 1.657,32.
Os números da pesquisa referentes a Sidrolândia, são ratificados pelos dados extraídos do Cadastro Único em que estão inscritas as pessoas com renda per capta até de meio salário mínimo (R$ 660,00).
Na cidade, 45% da população (23.226 pessoas de um total 51 mil habitantes) vive com uma renda de até R$ 22,00 por dia o que caracteriza a situação de pobreza. Deste grupo, 6.424 pessoas estão em extrema pobreza com renda diária de R$ 11,00.
A situação é aliviada pelos programas sociais que beneficiam 3.299 famílias, injetando na economia da cidade quase R$ 2 milhões. O valor médio do benefício é de R$ 604,00, 700 famílias recebem mais de R$ 300,00 do cartão de compras do vale renda e em torno de 1.050 ganham R$ 110,00 a cada dois meses para compra do gás, ao custo mensal de R$ 63 mil por mês.
Um dado positivo é que em relação a 2019 a renda média do sidrolandense cresceu 34,38% (de R$ 550,00 para R$ 739,10). Bom resultado, mas pior que o de Maracaju, por exemplo, onde cresceu 48% (de R$ 1.316,00 para R$ 1.960,45).
Panorama estadual
Mato Grosso do Sul aparece na 8ª posição, com renda média por habitante de R$ 1.350,24, um pouco inferior a Mato Grosso, com R$ 1.362,94, que ocupa o 7º lugar. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul fica a frente de Goiás, que tem renda média de R$ 1.092,28, levando em consideração o IRPF.
Entre as conclusões do estudo, a principal é que a desigualdade de renda no Brasil é ainda maior do que o imaginado, considerando a base de dados do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) à da Pnad Contínua: o índice de Gini (índice mais conhecido para medir a desigualdade social) chegou a 0,7068 em 2020, bem acima dos 0,6013 calculados apenas a Pnad contínua. Cada 0,03 pontos equivale a uma grande mudança da desigualdade. Para o cálculo do Gini, quanto mais perto de 1 está o índice, maior é a desigualdade.
O estudo da FGV aponta que: “Se a fotografia da distribuição de renda é péssima, o filme da pandemia também é’’. Mesmo com o Auxílio Emergencial, ao contrário do que se acreditava, a desigualdade brasileira não caiu durante a pandemia.
Pela abordagem usual o Gini teria caído de 0,6117 para 0,6013, já na combinação de bases o Gini, sobe de 0,7066 para 0,7068. Isso pois as perdas dos mais ricos (dos 1%+ foi -1,5%) foram menos da metade da classe média tupiniquim (-4,2%), a grande perdedora da pandemia.