SIDROLÂNDIA- MS
MEC confirma que mais de 60% dos alunos terminaram o 2⁰ ano sem saber ler e escrever
Apesar de uma leve melhora nos indicadores educacionais, Sidrolândia ainda enfrenta sérios desafios na alfabetização dos alunos da rede municipal.
Redação/Região News
13 de Julho de 2025 - 18:59

Apesar de uma leve melhora nos indicadores educacionais, Sidrolândia ainda enfrenta sérios desafios na alfabetização dos alunos da rede municipal. De acordo com dados da Avaliação de Alfabetização 2024, divulgados em nível nacional sexta-feira passada pelo ministro da Educação, Carlos Santana, menos de 40% dos alunos (39,84%) sidrolandenses terminaram o 2⁰ ano alfabetizados, mais de 7% abaixo da meta fixada pelo Ministério da Educação (42,85%).
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Só 39,84% dos alunos que encerraram o ano letivo de 2024, sabiam ler e escrever. Isto significa que mais de 60% das crianças avaliadas não atingiram o nível considerado adequado de alfabetização. Em 2023, o índice de alfabetização em Sidrolândia era de 36,2%. Ano passado, houve um avanço de 3,64 pontos percentuais, chegando a 39,84%. Para este ano, a meta é que 49,77% das crianças terminem o 2º ano alfabetizadas.
Apesar desta pequena evolução, os dados ainda evidenciam uma realidade crítica, com a maioria das crianças não sendo alfabetizadas na idade esperada.
Com esse desempenho, Sidrolândia ocupa a 4 ª pior posição no ranking estadual, que analisou os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Este ranking negativo é liderado por Ladário, onde só 33,36% dos alunos demonstraram estar alfabetizados, ante os 66,64% de analfabetismo; vindo na sequência, Miranda (61,22%) e Coxim ( 60,81%).

A média estadual foi de 55,9%, revelando um grande distanciamento entre Sidrolândia e os demais municípios sul-mato-grossenses. Enquanto cidades como Taquarussu (78,38%), Figueirão (78,01%) e Glória de Dourados (77,34%) lideram o ranking com altos índices de alfabetização, Sidrolândia ficou entre os últimos colocados, 76⁰ lugar, empatado com outros 4 municípios de baixo desempenho. O resultado reforça um alerta para a necessidade de ações emergenciais na política educacional local, como investimento em formação de professores, ampliação de programas de acompanhamento pedagógico e reforço escolar.
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Em 5 anos para que se atinja a meta fixada pelo Ministério da Educação, de 80% de alfabetização, a nota dos alunos terá de avançar 53%.
Uma das apostas da Secretaria Municipal de Educação para melhorar os indicadores educacionais do município é a adoção do Método Profound Learning, proposta educacional que foi apresentada num workshop realizado no CTG Campos de Vacaria.
Com a implantação do Profound Learning, a expectativa da Secretaria é melhorar os índices de aprendizagem, ampliar o engajamento de alunos e professores e fortalecer a parceria entre escola, família e comunidade, promovendo uma educação pública mais inclusiva, inovadora e transformadora.

Segundo o secretário de Educação, Vili Tognon, o objetivo é modernizar a prática pedagógica, alinhando-a aos desafios da sociedade atual e contribuindo efetivamente para o desenvolvimento das crianças e jovens da rede municipal. “Estamos trabalhando para oferecer um ensino que vá além dos livros, que prepare nossos alunos para a vida, para o mercado de trabalho e para que se tornem cidadãos críticos, conscientes e participativos”, destacou.
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O secretário esteve em Pompéia, cidade do interior de São Paulo, próxima a Marília, onde há uma escola que se utiliza desta metodologia criada há 25 anos pelo educador canadense Thomas Rudmik.
Em linhas gerais, o método da aprendizagem profunda abandona conceitos tradicionais, mas não a base curricular de conteúdos estabelecida pela legislação brasileira. Os estudantes aprendem os conteúdos de forma diferenciada, em projetos conhecidos por jornadas temáticas, onde não há divisão por matérias, por exemplo, mas todas elas são interligadas ao serem ensinadas através de grandes temas e projetos multidisciplinares orientados pelos professores.
Os princípios metodológicos inovadores do método Profound Learning (aprendizagem profunda, em tradução livre) defende que o aluno tenha control.




