Prefeito pede revisão do repasse do Estado para o transporte escolar devido à alta quilometragem e aumento de custos

O prefeito Rodrigo Basso pediu ao governador Eduardo Riedel a revisão do repasse estadual destinado ao transporte escolar. O encontro ocorreu na tarde desta quarta-feira, com a presença do deputado Paulo Corrêa, do secretário de Governo Natalino Gonzalez e do superintendente de Transporte Escolar, Cézar Luiz Asman.

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O município argumenta que o valor de repasse projetado pelo Estado em 2025 — R$ 1.357.221,12 — é insuficiente diante do aumento de custos e das peculiaridades territoriais de Sidrolândia, onde os veículos do transporte escolar percorrem mais de 11,8 mil quilômetros diariamente.

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De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, o orçamento destinado ao transporte escolar em 2026 é de R$ 17.136.400,00, dos quais apenas R$ 1,35 milhão são provenientes do Estado e R$ 1,55 milhão do governo federal. A maior parte — cerca de R$ 14,2 milhões — será custeada com recursos próprios do município.

Em 2025, a despesa total com transporte escolar foi orçada em R$ 16.273.500,00, mas foi reestimada para R$ 13.092.950,09 após ajustes orçamentários. Do total empenhado (R$ 11.992.386,69), a prefeitura havia pago até outubro R$ 7.903.635,41, o que representa uma queda de R$ 3,18 milhões em relação a 2024, quando foram quitados R$ 12,88 milhões.

Entre os fatores que contribuíram para reduzir os custos do transporte escolar, a prefeitura destaca a reorganização das rotas, a diminuição do número de linhas terceirizadas — que caiu de 79 para 35 —, o uso mais eficiente da frota própria e a otimização dos trajetos, com integração entre escolas municipais e estaduais. A manutenção preventiva dos veículos e o controle rigoroso do consumo de combustível também ajudaram a diminuir as despesas operacionais ao longo de 2025.

Também houve redução de despesas como resultado de decisões administrativas adotadas pela gestão municipal. Entre elas estão o controle mais rígido de contratos terceirizados, a centralização das rotas em setores estratégicos, o remanejamento de motoristas e monitores para otimizar o quadro funcional e o planejamento conjunto de manutenção da frota, que evitou longos períodos de ônibus parados. Essas medidas, somadas à revisão dos itinerários, contribuíram significativamente para baratear o custo do transporte escolar em 2025.

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Também houve economia de gastos como consequência de fatores administrativos que impactaram o calendário escolar. O ano letivo na rede municipal começou com atraso, tendo início apenas em 10 de março, enquanto as aulas da rede estadual começaram em 16 de fevereiro. Neste período, apenas a frota própria de ônibus circulou. Durante o período letivo, entre 26 de maio e 2 de junho, as aulas foram suspensas devido a um surto de virose. Em outubro houve a Semana do Saco Cheio, comemorativa ao Dia do Professor (15), e nos dias 27 e 28 as escolas ficaram fechadas em razão do Dia do Servidor Público.

Atualmente, 545 alunos da zona rural dependem do transporte escolar — 281 utilizam linhas puras (exclusivas da rede estadual) e 263 linhas mistas (com estudantes da rede municipal). A malha de transporte que atende alunos das escolas estaduais cobre cerca de 3.917 quilômetros por dia.