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SIDROLÂNDIA- MS

Prefeito vistoria área do futuro ecoponto, se indigna com mistura de lixo e anuncia possível aplicação de multas

O prefeito Rodrigo Basso gravou um vídeo nas redes sociais criticando o descarte incorreto; o ecoponto deve começar a funcionar após o dia 15.

Redação/Região News

09 de Novembro de 2025 - 15:22

Prefeito vistoria área do futuro ecoponto, se indigna com mistura de lixo e anuncia possível aplicação de multas

Pressionada pela proliferação de bags nas ruas — que se multiplicaram nas últimas semanas após a suspensão da coleta —, a Prefeitura de Sidrolândia acelerou o processo e autorizou o licenciamento ambiental do primeiro ecoponto do município.

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No sábado (8), o prefeito Rodrigo Borges Basso vistoriou a área onde funcionará o novo espaço e gravou um vídeo nas redes sociais expressando indignação com a mistura de lixo e criticando o comportamento de parte da população. O prefeito afirmou que, se for necessário, o município aplicará multas para coibir o descarte incorreto.

“Esse foi um teste para avaliar o tipo de material que está chegando. Infelizmente, ainda há muito descarte incorreto, o que dificulta a triagem. A ideia é educar e, num segundo momento, cobrar responsabilidade. Se for preciso doer no bolso, vai doer”, declarou Basso.

Antes da abertura oficial, a Prefeitura realizou um descarte experimental de 20 bags no local, como forma de testar a estrutura e iniciar o processo de triagem. Dentro deles, as equipes encontraram pedaços de entulho, garrafas PET, galões de tinta e até lixo úmido — materiais que não deveriam estar misturados aos recicláveis.

Prefeito vistoria área do futuro ecoponto, se indigna com mistura de lixo e anuncia possível aplicação de multas
Área aonde será o ecoponto

Segundo o prefeito, o ecoponto vai ajudar a organizar o descarte de resíduos e conscientizar a população sobre a importância da separação correta do lixo.

“Estamos dando o primeiro passo para colocar ordem nessa questão. A cidade precisa mudar a cultura do lixo e cada morador tem responsabilidade nesse processo”, reforçou.

A engenheira ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Jorgielly Lescano, destacou que a triagem teve caráter educativo.

“Esse levantamento foi importante para identificar os erros mais comuns e orientar a população sobre o que pode ou não ser levado ao ecoponto”, detalhou.

Segundo Jorgielly, só no dia 31 de outubro foram computados 8.210 quilos de resíduos em bags — o equivalente a cerca de oito toneladas de material acumulado em diferentes pontos da cidade.

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O novo ecoponto receberá até 1 metro cúbico de resíduos por pessoa, limitando o descarte a galhos, folhas e materiais recicláveis. A previsão é que o espaço comece a funcionar após o dia 15, com instalação de placas de sinalização e o início de uma campanha educativa para orientar os moradores sobre o uso correto. Será de responsabilidade do morador levar os bags até o ecoponto.

Os galhos serão utilizados em compostagem para produção de adubo orgânico, e os entulhos de construção serão triturados em uma área de descarte licenciada no Assentamento Flórida.

Suspensão da coleta de bags gera acúmulo e críticas

Há três semanas, a Prefeitura suspendeu a coleta de bags — grandes bolsas usadas há décadas pela população para descartar galhos, entulhos, móveis e objetos inservíveis.

A medida cumpre decisão do Tribunal de Justiça em ação movida há quatro anos pelo Ministério Público Estadual. Com a decisão judicial, a Elite Max, foi proibida de receber este material de resíduo sólido.

Com o serviço interrompido, bags se acumulam por toda a cidade, muitos transbordando resíduos em calçadas, canteiros e terrenos baldios.

Taxa do lixo e custos do serviço

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Um dos principais argumentos de quem defende a manutenção da coleta gratuita é a taxa do lixo cobrada junto com a conta de água, criada justamente para cobrir os gastos com a coleta e destinação final dos resíduos sólidos.

O município arrecada cerca de R$ 160 mil por mês, mas gasta quase R$ 700 mil com o serviço.

O valor da taxa é calculado com base na área construída do imóvel — por exemplo, uma casa de 180 m² paga R$ 20,25 mensais. Só a coleta e o descarte de bags custam em média R$ 300 mil por mês.

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