SIDROLÂNDIA- MS
Preso na Capital envolvido em 'tribunal do crime' realizado na saída para Quebra Coco
Ele estava foragido desde julho de 2024, acusado de participar de um tribunal do crime que torturou e tentou executar Marconis do Carmo de Oliveira.
Redação/Região News
30 de Setembro de 2025 - 13:56

Policiais da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) prenderam na manhã de segunda-feira (29), em Campo Grande, João Vitor Vitoy, de 32 anos, conhecido como “Gordinho” ou “Goiano”. Ele estava foragido desde julho de 2024, acusado de participar de um tribunal do crime que torturou e tentou executar Marconis do Carmo de Oliveira às margens da MS-162, saída para o distrito do Quebra Coco, em Sidrolândia.
O crime
Segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a vítima foi atraída para a casa de Ingride Araújo da Silva, que realizava uma videochamada com Clodiego, preso desde 2023 e apontado como líder do tráfico na cidade. No local, outros comparsas iniciaram a sessão do tribunal do crime e sentenciaram Marconis à morte.
João Vitor teria dado coronhadas na cabeça da vítima, enquanto Luiz Antônio Taques, outro participante do tribunal do crime, amarrou suas mãos e pés. Marconis desmaiou, foi colocado no porta-malas de um Chevrolet Corsa e levado para ser executado. No trajeto, conseguiu se soltar e, ao ser retirado do carro, aproveitou um descuido para fugir por um matagal, pedindo ajuda a moradores próximos que acionaram a Polícia Militar.
Investigações
A polícia apurou que o grupo criminoso já era investigado por tráfico de drogas. Quatro pessoas foram presas, três homens (19, 22 e 23 anos) e uma mulher (22). A quebra do sigilo telefônico levou à identificação de outros integrantes, entre eles um homem de 29 anos, preso desde outubro de 2023, que comandava o tráfico por meio da esposa — detida em julho de 2024.
Foi ele quem, por videochamada da penitenciária, ordenou a execução de Marconis, acusado de delatar pontos de venda de drogas.
Resgate da vítima
No dia do crime, Marconis, chegou a ser resgatado pela Polícia Militar com ferimentos no rosto e sangrando. Ele contou ter sido atraído por “Goiano” até a residência onde começou a sessão de tortura, sendo agredido com várias coronhadas e condenado à morte durante a chamada de vídeo.
Após conseguir escapar do porta-malas, correu até uma empresa de reciclagem, onde pediu socorro. Ele foi encaminhado ao hospital e sobreviveu.




