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SIDROLÂNDIA- MS

Proprietários descumprem legislação; terrenos viram criadouro do Aedes aegypti e animais peçonhentos

A proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, continua sendo uma preocupação das autoridades sanitárias de Sidrolândia.

Redação/Região News

20 de Fevereiro de 2025 - 14:33

Proprietários descumprem legislação; terrenos viram criadouro do Aedes aegypti e animais peçonhentos
Terreno baldio. Foto: Divulgação

A proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, continua sendo uma preocupação das autoridades sanitárias de Sidrolândia. Terrenos baldios com matagal e acúmulo de lixo tornam-se criadouros ideais para esse vetor, especialmente neste período chuvoso, quando a água se acumula em recipientes e áreas descobertas.

A limpeza regular não é apenas uma obrigação legal, mas um ato de cidadania. - comenta outro morador.''

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A falta de manutenção adequada desses imóveis não apenas coloca em risco a saúde pública, mas também infringe as legislações municipais. De acordo com o Código de Posturas do município, a não observância das normas de limpeza sujeita o infrator a multa de 80 UFIS (Unidade Fiscal). A Prefeitura tem notificado proprietários, estabelecendo um prazo de 30 dias para a regularização da limpeza. O descumprimento resulta em multa de R$ 2.008,80, com possibilidade de aplicação em dobro em caso de reincidência.

Animais Peçonhentos

Proprietários descumprem legislação; terrenos viram criadouro do Aedes aegypti e animais peçonhentos
 Lacraia

Além do risco da dengue, terrenos baldios também favorecem a proliferação de animais peçonhentos e pragas urbanas. Moradores de diversos bairros relatam o aumento da presença de lacraias, escorpiões, ratos, baratas e até cobras, colocando em risco a segurança das famílias. Dona Maria Eduarda, mãe de duas crianças pequenas, relatou que redobrou o cuidado em casa após aparições de lagracrias e escorpiões. “A pessoa não limpa o terreno e a Prefeitura parece fazer vistas grossas. A gente é quem paga a conta correndo risco. Meu bebê quase foi picado por um escorpião”, relata Maria que mora ao lado de um terreno baldio tomado pelo matagal.

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No centro da cidade, área nobre, é comum se observar terrenos sem a manutenção prevista em lei. Ambientes com mato alto, lixo acumulado e entulho oferecem abrigo e alimento para esses animais. Escorpiões, por exemplo, são atraídos por baratas, enquanto cobras podem ser encontradas em locais próximos a ninhos de roedores. Com a chegada do período chuvoso, essas espécies saem de seus esconderijos e invadem casas em busca de abrigo seco e alimento.

A fiscalização enfrenta desafios significativos. A dificuldade em notificar proprietários, muitas vezes devido a atrasos nos serviços dos Correios, impede ações mais efetivas. Além disso, a ausência de conscientização por parte dos proprietários agrava a situação, perpetuando o ciclo de proliferação do mosquito e dos animais peçonhentos. “É imperativo que os proprietários assumam a responsabilidade pela manutenção de seus terrenos.

A limpeza regular não é apenas uma obrigação legal, mas um ato de cidadania que protege a comunidade de doenças e riscos à segurança”, comenta outro morador.