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SIDROLÂNDIA- MS

Secretaria já organiza mutirão de cirurgias eletivas e vê hospital preparado para atender demanda

O hospital está credenciado para fazer boa parte desses procedimentos, foi habilitado no programa estadual Mais Saúde, Menos Filas, lançado pelo governador Eduardo Riedel em maio de 2023.

Redação/Região News

26 de Janeiro de 2025 - 13:49

Secretaria já organiza mutirão de cirurgias eletivas e vê hospital preparado para atender demanda
Hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa. Foto: Leone Marcos/ Região News

A Secretaria Municipal de Saúde de Sidrolândia trabalha em ritmo acelerado no planejamento de uma série de mudanças para criar protocolos de organização do fluxo de atendimento na rede pública, além de retomar e ampliar parcerias com o Hospital Elmíria Silvério Barbosa, considerado pela secretária Vanessa Prado, estratégico para reduzir a transferência de pacientes para atendimento em Campo Grande.

Secretaria já organiza mutirão de cirurgias eletivas e vê hospital preparado para atender demanda
 Secretária Vanessa Prado (Blusa azul). Foto: Divulgação

Está sendo feita busca ativa de quem aguarda há anos por cirurgias eletivas que podem ser realizadas aqui na cidade. O hospital está credenciado para fazer boa parte desses procedimentos, foi habilitado no programa estadual Mais Saúde, Menos Filas, lançado pelo governador Eduardo Riedel em maio de 2023. "Como não há um cadastro, nem foi deixado o histórico de atendimento desses pacientes, vez ou outra sou abordada na rua por alguém implorando para ter sua cirurgia agendada. A solução foi levantar a demanda, indo de casa em casa",  relata a secretária Vanessa Prado.

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Nesta semana será anunciado um mutirão de preparação dos pacientes. Muitas cirurgias deixaram de ser feitas nos últimos dois anos porque a Secretaria de Saúde, por conta das diferenças políticas da gestão passada com a direção do hospital, simplesmente não informava a demanda na regulação, preferindo encaminhar os pacientes para Campo Grande ou até outras cidades mais distantes. Uma estratégia sem sentido, segundo a secretária, porque Sidrolândia tem um hospital que no seu porte é top, tem leitos disponíveis, equipamentos de última geração, a maior parte adquiridos com recursos públicos, além de dispor de três leitos cirúrgicos novinhos. Eu operaria aqui sem medo de ser feliz.

Temos que construir parcerias pensando nas pessoas independente do seu posicionamento político", desabafa Vanessa .

Ano passado, pacientes de outras cidades foram operados no Hospital Elmíria Silvério Barbosa e muitos sidrolandenses tiveram de ir para outras cidades fazer cirurgias. A implantação da Central Municipal de Regulação, já em andamento, é uma das ferramentas que a secretária avalia como estratégica para melhorar o fluxo de atendimento na cidade e agilizar o encaminhamento de pacientes para Campo Grande, polo regional de alta complexidade. A equipe já está sendo treinada e o espaço onde funcionará o call center 24 horas sendo estruturado.

Secretaria já organiza mutirão de cirurgias eletivas e vê hospital preparado para atender demanda
UPA de Sidrolândia. Foto: Rafel Brites

Ela lembra que Sidrolândia tem gestão plena da Saúde e uma das atribuições do município é justamente organizar, a chamada referência e contrarreferência. Hoje, muitas vezes o paciente procura a UPA ou até o hospital para conseguir uma receita controlada, quando deveria procurar a unidade e passar pelo médico que faz o acompanhamento do seu caso.

Os pacientes de Sidrolândia que precisam de atendimento fora da cidade têm o pedido de vaga nos hospitais, desde exames de imagens até consultas de algumas especialidades, encaminhado para a Central de Regulação de Campo Grande. Eles  entram  numa fila de espera concorrendo com a demanda de uma cidade com quase um milhão de habitantes.

Também não havia regulação para os serviços contratados junto a instituições privadas como o Hospital do Pênfigo e ao Hospital Evangélico, que custavam mais de R$ 2 milhões por ano. "A regulação, no formato em que hoje está funcionando, é só um espaço onde as pessoas iam receber fraldas ou óculos de grau", explica a secretária Vanessa Prado.

A Central Municipal de Regulação permitirá, por exemplo, que a UPA solicite diretamente vaga nos hospitais para pacientes atendidos que a unidade atende, onde eles podem ficar até 24 horas medicados e em observação. Esta atribuição adicional vai exigir que a UPA tenha ambulância de traslado deste paciente.

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Em alguns meses a UPA chega a encaminhar para o hospital 100 pacientes, muitos deles fazem só uma parada lá para aguardar a liberação da vaga de atendimento e internação nos hospitais de referência da Capital. A farmácia da UPA já está aberta em tempo integral e o laboratório também funcionará 24 horas, quando for concluída a reforma do prédio alugado, localizado na Rua São Paulo.

A Central também vai regular as consultas com especialistas. Hoje o paciente vai à Unidade Básica de Saúde do seu bairro, onde é atendido pelo clínico geral. Quando o clínico avalia que ele precisa passar por um especialista, a pessoa precisa se deslocar até o CEM para que o encaminhamento seja lançado no sistema. Com a regulação, o próprio médico do postinho insere o pré-agendamento da consulta com o especialista. A atendente do CEM vai informar para o paciente o dia e a hora da consulta.