Segurança mostra crescimento de 1.772% na apreensão de drogas e queda de furtos e roubos

Com base nas estatísticas do Sistema Sigo (Sistema Integrado de Segurança Pública), ano passado o índice de criminalidade refluiu em Sidrolândia em relação a 2023. O melhor indicador foi o da apreensão de drogas com crescimento de 1.772%, passando de 46,14 kg para 863,90 kg, resultado do trabalho da Polícia Militar e Departamento de Operações de Fronteira (DOF). A estatista não computa as apreensões da Base Operacional da Polícia Rodoviária Federal instalada em Sidrolândia. Foram 22 apreensões de cocaína; 67 de maconha e uma apreensão de outras drogas.

A BR-060, que atravessa o perímetro urbano, é um corredor natural de passagem da droga que vem de Ponta Porã, fronteira com o Paraguai. A maior parte dos traficantes presos são  "mulas" recrutados pelas organizações criminosas que para não despertar suspeitas se passam por passageiros de ônibus. Majoritariamente jovens, sem antecedentes criminais, há muitas mulheres com filhos menores de 12 anos, perfil que atenua suas penas.

Quando presos, via de regra são condenados no máximo a 5 anos de prisão, muitas vezes em regime semiaberto. No caso das mães solteiras, há chance de deixarem a cadeia para cuidar dos filhos.

Desde a publicação em setembro do acórdão do STF descriminalizando o porte de até 40 gramas que passa a ser um ilícito administrativo não penal. Com isto, caiu o número de prisões dos pequenos traficantes e, em consequência, o fechamento das chamadas bocas de fumo.

No caso dos crimes contra o patrimônio (furtos e roubos), as ocorrências caíram 3,53% (de 452 para 436). Em compensação, mais que dobraram os furtos de veículos (de 14 para 29). O registro de homicídios aumentou 30%, passou de 7 para 10, um resultado melhor que o de 2022, quando 17 pessoas foram assassinadas na cidade. Cresceram em 70% as tentativas de homicídio (de 10 para 17).

As  mortes no trânsito caíram de 5 para 4 de um ano para outro. Duas pessoas morreram em confrontos com a Polícia. Caíram em 20% as ocorrências de estupro (de 40 para 32), enquanto os casos de violência doméstica tiveram redução de 3,11% (de 289 para 280).