Sidrolândia encerra 3º trimestre com aumento nas demissões e saldo negativo de empregos

Sidrolândia fechou o terceiro trimestre de 2025 com saldo negativo de empregos formais, segundo dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego. Depois de um segundo trimestre de recuperação, o número de demissões voltou a crescer entre julho e setembro, revertendo o desempenho positivo observado no início do ano e indicando desaceleração no mercado de trabalho local.

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Até setembro, o município registrou neste ano 5.945 contratações e 5.744 demissões, com saldo de apenas 201 novas vagas com carteira assinada. O resultado representa uma queda de 72% em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo era de 722 empregos, refletindo perda de ritmo na geração de postos de trabalho e maior cautela nas contratações.

Entre janeiro e março, o município registrou 2.035 contratações e 2.054 demissões, resultando em 181 novas vagas. O desempenho foi puxado principalmente pela indústria e pela construção civil, que contrataram para atender obras em andamento e demandas sazonais da agropecuária. Apesar do avanço modesto, o primeiro trimestre estabeleceu uma base para crescimento nos meses seguintes.

Entre abril e junho, o mercado formal ganhou força, com 1.276 contratações e 1.192 demissões, saldo positivo de 84 vagas. O desempenho foi impulsionado pelo comércio e pelos serviços, refletindo otimismo empresarial. Com isso, Sidrolândia acumulava 265 novos empregos formais no primeiro semestre, o melhor resultado desde 2023.

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Entre julho e setembro, o município registrou 1.804 contratações e 1.903 demissões, encerrando o trimestre com saldo negativo de 99 vagas. As demissões cresceram cerca de 20%, passando de média de 597 por mês no 2º trimestre para 634 no 3º, enquanto as contratações caíram de 639 para 601.

O fechamento de 55 vagas em setembro foi puxado principalmente pelos setores de serviços (-45), indústria (-23) e agropecuária (-21), enquanto o comércio gerou 43 novas vagas. Entre os 672 demitidos em setembro, 410 tinham ensino médio completo, mesmo perfil predominante entre os 617 contratados (357), mostrando dependência do mercado por trabalhadores de média qualificação.

Desaceleração acentuada

No acumulado dos nove primeiros meses, a indústria reduziu 181 postos, os serviços mantiveram-se praticamente estáveis (+2), e o comércio segue sendo o principal gerador de empregos. A queda expressiva no saldo, de 722 em 2024 para 201 em 2025, reflete redução de investimentos privados e aumento de custos de produção, resultando em menor dinamismo econômico.

Apesar do fechamento de vagas formais, empresários locais relatam dificuldade para contratar. O empresário Dalto Pavei afirma ter 12 vagas abertas. Na última semana, duas candidatas desistiram de assumir empregos formais, com receio de perder o benefício de R$ 630,00 do Bolsa Família.

Para contornar o problema, Pavei investiu em automação, adquirindo paleteiras elétricas, que reduziram de três para um funcionário a movimentação de estoques, e instalou dois caixas de autoatendimento, com previsão de ampliar para quatro.

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No setor industrial, a JBS, que enfrenta déficit permanente de cerca de 100 funcionários, implementou a automação da linha de desossa da coxa, garantindo continuidade da produção diante da escassez de trabalhadores.

CadÚnico e mercado de trabalho

Em Sidrolândia, 27.604 pessoas estão inscritas no CadÚnico. Destas:

• 4.710 trabalham com carteira assinada
• 2.645 realizam trabalhos informais (“bicos”)
• 1.073 são servidores públicos

Expectativa para o fim do ano

Com a chegada do último trimestre, a expectativa é que o comércio mantenha contratações temporárias, impulsionadas pelas festas de fim de ano. O desempenho de outubro a dezembro será decisivo para determinar se Sidrolândia encerrará 2025 com saldo positivo ou negativo no emprego formal pelo segundo ano consecutivo.