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SIDROLÂNDIA- MS

Testemunhas relatam últimos momentos de venezuelano morto a facadas em Sidrolândia

Os depoimentos colhidos pela Polícia Civil em Sidrolândia ajudam a reconstruir os últimos momentos do venezuelano Jean Carlos Ravelo Marchan, morto a facadas.

Redação/Região News

01 de Outubro de 2025 - 17:25

Testemunhas relatam últimos momentos de venezuelano morto a facadas em Sidrolândia
Delegacia de Sidrolândia. Foto: Região News

Os depoimentos colhidos pela Polícia Civil em Sidrolândia ajudam a reconstruir os últimos momentos do venezuelano Jean Carlos Ravelo Marchan, morto a facadas na madrugada de domingo (28), no bairro Jatobá.

Segundo Israeli Noemi Alvarez Lopez, filha de Johan Gregorio Alvarez, que também foi ferido no confronto, a confusão começou quando Airton Barbosa Louriano pediu um cigarro ao grupo que estava em frente à residência. Como o cigarro não pertencia a seu pai, Johan recusou, momento em que o acusado passou a proferir xingamentos.

“Meu pai levantou e deu um soco nele, e foi aí que o homem tirou uma faca da mochila”, contou a adolescente.

Ainda conforme o depoimento, Johan tentou se defender arremessando um carrinho contra o agressor, que saiu correndo. Jean Carlos, amigo da família, correu atrás para separar a briga e acabou sendo atingido pelos golpes.

“Vi quando o homem tentou acertar meu pai na barriga. O Jean entrou na frente para separar e foi ele quem levou a facada”, relatou a jovem.

Esposa confirma luta corporal

A esposa de Johan, Yoelis Del Valle Lopez Rodriguez, também presenciou a cena. Em depoimento, disse que encontrou o marido imobilizado pelo agressor, que mantinha uma faca encostada em seu pescoço.

“Tentei segurar o homem por trás para que ele soltasse meu esposo. Foi quando ele largou Johan e fugiu correndo”, afirmou. Ela ainda socorreu Jean, que estava caído no chão, levando-o para atendimento médico, mas ele não resistiu.

Amigos em choque

Os amigos da vítima descrevem Jean como uma pessoa tranquila, sempre pronta a ajudar. O choque maior, segundo eles, foi ver que ele morreu ao tentar apartar uma confusão causada por um motivo banal.

“Ele nem estava na briga, só quis defender o amigo. Foi uma morte covarde”, resumiu um dos conhecidos, que acompanhou o velório.

Investigação

Os relatos reforçam a versão de que Airton agiu de forma desproporcional e violenta, o que levou a Polícia Civil e o Ministério Público a enquadrá-lo por homicídio qualificado por motivo fútil.