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SIDROLÂNDIA- MS

UPA pediátrica deve começar a funcionar no mês de aniversário da cidade, anuncia secretária

A nova unidade será uma extensão da UPA, voltada exclusivamente ao atendimento infantil e infantojuvenil.

Redação/Região News

09 de Novembro de 2025 - 16:05

UPA pediátrica deve começar a funcionar no mês de aniversário da cidade, anuncia secretária
Secretária municipal de Saúde, Vanessa do Prado. Foto: Marcos Tomé/Região News

Ainda com as atividades públicas restritas por recomendação médica, enquanto se recupera de uma doença autoimune que exigiu internação em isolamento, a secretária municipal de Saúde, Vanessa do Prado, confirmou que a UPA Pediátrica — conhecida como Upinhacomeçará a funcionar em dezembro, mês do aniversário da cidade. A nova unidade será uma extensão da UPA, voltada exclusivamente ao atendimento infantil e infantojuvenil.

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“A Upinha é um braço da UPA. Como enfrentamos as síndromes respiratórias todos os anos, com os mesmos desafios e riscos de agravamento, queremos estar um passo à frente. As crianças ficavam muito expostas esperando atendimento, então preparamos esse espaço com muito carinho, voltado ao público infantil”, explicou Vanessa. Haverá dois médicos pediatras durante o dia e um plantonista noturno.

A secretária explica que a Upinha não deve ser confundida com um Pronto Atendimento Infantil (PAI), modalidade que exige estrutura hospitalar específica para habilitação junto ao Ministério da Saúde “O PAI é praticamente um mini hospital infantil. Não temos ainda esses equipamentos, mas planejamos adquiri-los ao longo dos próximos anos”, completou.

O novo espaço vai aproveitar o raio-X da Unidade de Pronto Atendimento, que também deve receber investimentos para garantir mais qualidade no atendimento de urgência.

Embora tenha sido habilitada em 2017 junto ao Ministério da Saúde para receber um repasse mensal de R$ 102 mil, a UPA — que tem custo operacional de cerca de R$ 500 mil por mês — é atualmente 100% custeada pelo município.

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Uma das razões para a desabilitação do cofinanciamento foi a prestação de serviços típicos da atenção primária, como aferição de pressão e troca de receitas, o que desvia o foco da unidade, voltada a casos de urgência e emergência.

O processo de requalificação da UPA inclui a troca dos aparelhos de ar-condicionado, a implantação de um laboratório próprio e a reorganização dos fluxos internos, de modo a restabelecer o perfil técnico exigido pelo Ministério da Saúde.

“Hoje estamos estruturando o serviço e corrigindo o que nunca funcionou adequadamente, como a rede de oxigênio. O objetivo é qualificar a unidade novamente para recuperar o cofinanciamento estadual e federal”, afirmou Vanessa.

“O orçamento deste exercício tem sido desafiador, pois áreas como as subvenções sociais foram priorizadas em detrimento da saúde. Ainda assim, estamos avançando com responsabilidade”, disse.

A secretária também comentou sobre o trabalho de reorganização da Atenção Primária à Saúde (APS) e a necessidade de uma mudança cultural entre os usuários.

“Muitos pacientes ainda buscam atendimento direto na especialidade, quando o correto é procurar primeiro a unidade básica. Estamos capacitando os médicos da atenção primária e ajustando os fluxos para melhorar os indicadores”, ressaltou.

Para 2026, uma das prioridades da Secretaria de Saúde será estruturar o Centro Municipal de Diagnóstico, que reunirá exames laboratoriais e de imagem em um único prédio, nos moldes de estruturas semelhantes em grandes cidades.

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Atualmente, a Prefeitura contrata exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia, realizados no Hospital Elmíria Silvério Barbosa ou em laboratórios conveniados de Campo Grande.

A secretária não demonstra preocupação com os boatos, que circulam praticamente desde que assumiu a função, sobre sua exoneração do cargo.

“Minha continuidade na função depende do prefeito. Se em algum momento ele entender que não devo permanecer, tudo bem — vida que segue. Graças a Deus, não falta serviço no Estado, e eu sigo com gratidão, sem neuras”, declarou.

A secretária explicou ainda que seu afastamento dos espaços públicos tem sido motivado por questões de saúde.

“Meu sumiço é mais voltado à minha saúde, por recomendação médica''.