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Esporte

Com despedida na mira e contrato perto do fim, Demian não pensa em sair do UFC

Apesar de revelar que quer lutar no máximo por mais dois anos e ter apenas mais uma luta em contrato depois do UFC São Paulo, peso-meio-médio deve seguir na organização.

Combate.com

28 de Outubro de 2017 - 08:52

A exatas duas semanas de completar 40 anos, Demian Maia sobe ao octógono do UFC mais uma vez neste sábado. Lutando em São Paulo, o peso-meio-médio (até 77,6kg) poderá se tornar ainda um dos lutadores com maior número de vitórias na história do UFC. Caso vença o falastrão americano Colby Covington, atingirá 20 triunfos na organização. Mas voltemos à idade. O Combate.com apurou que Demian tem apenas mais uma luta em seu contrato depois deste sábado. E o futuro?

- Penso muito pouco no futuro, mas sei que quero lutar por mais um ou dois anos, ou seja, fazer mais quatro a cinco lutas, e começar a pensar já na minha transição para o próximo passo na minha carreira - afirmou.

Demian estreou no Ultimate em novembro de 2007, no UFC 77, depois de apenas seis lutas como profissional. Ao finalizar Ryan Jensen em 2m40, levou o prêmio de “finalização da noite”. Mas, apesar de toda a relação de uma década com o UFC, a organização nunca mostrou muita boa vontade com Demian. Será que seria hora de sair?

- Nem penso nisso. Na verdade, esse tipo de decisão tomo em conjunto com meu empresário e head coach que é o Edu (Alonso), então penso o seguinte: vou fazer essa luta e continuar.

Mas apesar de falar em aposentadoria, Demian garante que o corpo não sente o peso da idade. Depois de 16 anos da estreia no MMA, o lutador paulista garante estar bem fisicamente.

- Vou te falar que me sinto melhor que na luta com Woodley, até pelo tempo a mais que tive, e pela sobreposição de camps, um bem perto do outro. Então, espero que isso se reflita na luta.

Sobre o futuro, o número 3 do ranking dos meio-médios afirma ter outros objetivos, e acredita que a pressão que carrega como lutador é que definirá a sua aposentadoria das lutas.

- Quero fazer outras coisas, tenho outros projetos que gosto e me dão prazer, mas são duas coisas que vão pesar na hora que decidir parar: o corpo e a mente. Esse esporte é muito duro mentalmente, e acho que é muito mais duro que qualquer outra profissão que eu possa vir a ter. A hora que não tiver mais a vontade de enfrentar essa dureza toda hora, essa pressão, aí isso vai pesar.

Vindo de uma disputa de cinturão frustrada contra o campeão Tyron Woodley, Demian Maia não perdeu a esperança de ter sua terceira oportunidade de ser campeão. O fato de enfrentar Covington três meses depois faz parte desse objetivo.

- São vários fatores, um é esse, ficar ativo lutando. E estou numa forma muito boa na minha carreira, não sei até quando vai durar isso de estar bem fisicamente e tecnicamente, então quero aproveitar essa fase para tentar cavar uma nova disputa de cinturão - completou.