Esporte
São Paulo tem agora maior fila da sua história no Paulista com derrota em Itaquera
Em 2006, em nova disputa por pontos corridos, foi vice-campeão.
ESPN
29 de Março de 2018 - 08:27
Eliminado das finais do Paulistão pelo Corinthians, o São Paulo acabou registrando uma marca negativa na sua história. Alcançou o 13º ano consecutivo sem título no Estadual, o que corresponde agora ao maior jejum do clube do Morumbi no torneio.
A última conquista ocorreu em 2005, quando a equipe comandada por Emerson Leão liderou a competição desde as rodadas iniciais e confirmou o título com duas rodadas de antecipação. Aquela edição foi em pontos corridos. Depois disso nem em finais chegou.
Em 2006, em nova disputa por pontos corridos, foi vice-campeão. De 2007 até 2013, anos em que a disputa passou a ter fases mata-mata, foi eliminado nas semifinais, assim como em 2015 e 2017. Já em 2014 e 2016 parou nas quartas de final da competição.
A última final foi em 2003, quando perdeu a taça para o Corinthians.
Sem considerar a edição deste ano, o maior jejum de títulos do São Paulo em Paulista ocorreu de 1957 a 1970. Foram 12 edições sem conquistar a taça. Vale lembrar que neste período o clube focou a construção do Morumbi e investiu menos no futebol.
Antes, de 1931 até 1943, ficou 11 torneios sem ser campeão. Entre os motivos, o principal foi um problema financeiro, que obrigou o clube a fechar as portas em 1935, ser refundado e amargar anos complicados para se reconstruir.
Os outros intervalos sem títulos foram pequenos na história da agremiação tricolor. Foram cinco anos entre a conquista de 1992 e a de 1998; quatro entre os títulos de 1975 a 1980 e de 2000 a 2005.
O São Paulo tem 21 títulos do Paulistão e está atrás dos principais rivais do Estado em número de conquistas. O Corinthians tem 28, enquanto Palmeiras e Santos têm 22 cada um. A final deste ano será entre corintianos e palmeirenses.
RETOMADA DA CONFIANÇA
A eliminação nos pênaltis para o Corinthians, após perder por 1 a 0 no tempo normal, deixou os jogadores e a comissão técnica do São Paulo bem abatidos. Poucos quiseram falar com a imprensa após o clássico. Quem falou ressaltou um aspecto positivo.
Casos de Raí, diretor de futebol, do técnico Diego Aguirre e do goleiro Sidão, um dos líderes do elenco.
"Nós nos reunimos no campo [após a decisão por pênaltis] e passamos confiança um para o outro. Acho que o gol não interferiu muito no psicológico. Nosso proposta era segurar o resultado, principalmente no segundo tempo, que acho que a gente abdicou de jogar", disse Sidão para a TV Globo, também apontando situações para o time corrigir.
"Tem muita coisa para fazer. Futebol é dinâmico, parece que tenho muito tempo aqui, mas são só dez dias de trabalho. O time começa a mostrar uma identidade, melhoramos defensivamente. Temos que trabalhar, aceitar a derrota e sermos fortes para jogar o que temos pela frente, aprender com a derrota e trabalhar", afirmou Diego Aguirre durante a entrevista coletiva.
"Foi uma noite triste para a gente, da maneira como foi a eliminação. O São Paulo guerreou, foi valente, vem construindo uma identidade. E vendeu caro essa derrota, o que mostra uma reação do time em vários sentidos e que nos deixa otimistas para termos uma temporada muito diferente das anteriores", disse Raí, prometendo buscar reforços para o Campeonato Brasileiro.
Fora do Campeonato Paulista, o São Paulo tem ainda três torneios pela frente na temporada.
Na próxima quarta-feira, estreará na quarta fase da Copa do Brasil enfrentando o Atlético-PR. Em 12 de abril, será a vez da Copa Sul-Americana. Jogará com o Rosário Central. O Brasileiro terá início para o time tricolor dia 16 contra o Paraná.




