Policial
Briga por saco de lixo termina com homem morto com facão
O homem perdeu a vida a golpes de facão, na mesma vila de casas onde a pequena Emanuelly residia.
Correio do Estado
31 de Agosto de 2025 - 16:04

Mais uma tragédia assolou a vila de casas onde residia a menina Emanuelly Victória de Souza, de 6 anos. Desta vez, um homem de 45 anos, que residia no local, foi morto a golpes de facão na Vila Taquarussu, em Campo Grande.
Segundo o boletim de ocorrência, a polícia foi acionada no início da noite de sábado (30). Tudo teria começado quando uma moradora fez uma reclamação sobre um saco de lixo que estava no corredor de acesso às kitnets do local.
A vítima teria questionado uma mulher a respeito, mas ela desconversou, disse não saber do que se tratava e chegou a mencionar que “a gente aqui está de luto”.
O comentário fazia referência à morte da menina Emanuelly Victória de Souza, de 6 anos, que foi levada e posteriormente estuprada e morta por Marcos Willian Teixeira Timóteo, de 20 anos, conhecido da família. Ele chegou a fugir e terminou morto em troca de tiros com a polícia, na última quarta-feira (30).
Mais tarde, houve outra reclamação. Segundo populares que presenciaram o ocorrido, o homem estava bebendo, saiu segurando um facão e estava acompanhado de um rapaz. A discussão se estendeu e ele teria ameaçado a mulher.
No meio da confusão, vizinhos relataram que dois parentes da vítima, partiram para cima dele. Um deles o acertou na cabeça com um pedaço de pau; com o homem caído no chão, o outro jovem pegou o facão e desferiu os golpes.
Quando a polícia chegou, os suspeitos não estavam mais no local. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas, ao chegar, apenas constatou a morte.
Tragédia da menina Emanuelly
A menina Emanuelly Victória de Souza, de apenas 6 anos, foi estuprada e morta por um conhecido da família, Marcos Willian Teixeira Timóteo, de 20 anos, apelidado de Gordinho, que foi morto pela Polícia Civil um dia depois de sumir com a criança.
Com ela, ele passou cerca de três horas, quando teria abusado da criança por mais de uma vez, antes de matá-la. Após a morte, ele ainda foi trabalhar com a pai da vítima.
Imagens de câmera de segurança mostram que Marcos Willian passa com Emanuelly às 8h34min de quarta-feira em direção a sua casa. Os dois sumiram após o rapaz estar na casa da família da criança.
ESTAVA ESCRITO
Marcos Willian tinha apenas 20 anos de idade, mas já acumulava diversas passagens por crimes variados, incluindo outros estupros de vulneráveis. Em 2018, quando tinha apenas 13 anos, “Gordinho” estreou no mundo do crime com um furto qualificado.
No ano seguinte, com 14 anos, o criminoso estuprou um bebê de 1 ano e 5 meses e jogou o corpo no matagal. Nesta ocasião, a criança sobreviveu.
Em 2020, ele voltou a praticar outro estupro, desta vez com a enteada, de apenas 11 anos. A mãe da menina descobriu quando desconfiou do comportamento estranho da criança, após ela voltar da escola. Ao ser questionada, ela contou para a mãe sobre o ocorrido.
Como observado, Marcos era menor de idade quando praticou esses três crimes. Como previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ele foi considerado inimputável penalmente, ou seja, não responsabilizado criminalmente como adulto. Por isso, foram aplicadas duas medidas socioeducativas aplicadas para ele, na Unidade Educacional de Internação (Unei).
No ano passado, depois de quatro anos “longe” do crime, Marcos praticou injúria cometida no contexto de violência doméstica, que é quando o agressor utiliza palavras para ofender a dignidade ou o decoro da vítima, afetando sua honra subjetiva.




