Policial
"Canabidiol" era vendido por R$ 800 e clientes usavam para fins medicinais e alucinógenos
De acordo com Veppo, o suspeito extraía uma substância líquida a partir da maconha e a revendia em pequenos frascos por cerca de R$ 800 cada.
Dourados News
27 de Agosto de 2025 - 16:41

O delegado do Setor de Investigações Gerais (SIG), Lucas Albe Veppo, repercutiu nesta quarta-feira (27) a ação que resultou no fechamento de um laboratório clandestino de extração de Canabidiol em Dourados. A operação, realizada em conjunto com o Núcleo Regional de Inteligência (NRI) e a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), prendeu em flagrante Ediberto da Silva Menezes Filho, de 30 anos, no bairro Parque Alvorada.
De acordo com Veppo, o suspeito extraía uma substância líquida a partir da maconha e a revendia em pequenos frascos por cerca de R$ 800 cada.
Parte das pessoas que adquiriam o produto buscavam efeitos medicinais, mas a investigação também apontou que havia consumidores interessados em seu efeito alucinógeno.
Ao Dourados News, o delegado explicou que, em casos de uso medicinal, a extração deveria isolar o THC, princípio ativo responsável pelo efeito psicoativo, além de seguir protocolos de segurança, dosagem adequada e autorização da Anvisa. Nada disso era seguido no laboratório desmantelado.
No imóvel foram apreendidos 19 pacotes de maconha Skunk, totalizando 6,1 kg, além de 63 frascos de Canabidiol, sendo 30 prontos para comercialização e outros ainda em processo de finalização.
Também estavam no local dois simulacros de pistola e munições de calibres 22, 38 e 44. Segundo o delegado, esses itens poderiam ser usados para intimidar moradores e evitar denúncias contra a atividade ilegal.
Pelas evidências recolhidas, a polícia acredita que o homem já vinha atuando há bastante tempo. A quantidade de maquinário, objetos para fracionamento, acondicionamento da droga e frascos prontos indicam que ele possuía não apenas experiência na extração, mas também uma clientela consolidada.
“Acreditamos que ele já era um químico, entre aspas, bastante experiente nesse ramo e já tinha clientes bastante assíduos”, afirmou Veppo.
O delegado também fez um alerta à população sobre os riscos do consumo desse tipo de produto. Ele destacou que, extraído de forma artesanal e sem qualquer controle, o líquido poderia conter substâncias tóxicas, com potencial de causar graves danos à saúde.
Ediberto da Silva Menezes Filho foi autuado por tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo de uso permitido e de uso restrito.




