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Policial

Catucha, terror do São Bento vai passar temporada em Jardim

Suspeito de praticar assaltos em Nioaque e Bonito, Catucha, como é conhecido, foi levado para a cadeia de Jardim

Marcos Tomé/Flávio Paes

08 de Novembro de 2011 - 07:22

Além de levar a desarticulação da quadrilha que praticou vários assaltos em Sidrolândia, Nioaque e Bonito, a prisão dos sete marginais, tira de circulação por pelo menos 45 dias, L.S.S, adolescente de 16 anos, um dos integrantes mais agressivos da facção de menores que aterroriza o Bairro São Bento e mantém um conflito quase permanente com o grupo rival do Cascatinha. Confrontos que em um ano já provocaram sete mortes.

Suspeito de praticar assaltos em Nioaque e Bonito, Catucha, como é conhecido, foi levado para a cadeia de Jardim onde permanecerá no mínimo um mês e 15 dias, a menos que neste período surjam vagas nas unidades de internação de Ponta Porã ou Campo Grande e a Justiça o “puna” com seis meses de privação da liberdade como medida socioeducativa.

Será a segunda temporada em 2011 que Catucha ficará fora das ruas. No primeiro semestre deste ano ele permaneceu 45 dias numa das celas da delegacia de Sidrolândia onde saiu jurando matar não só os inimigos das facções rivais, mas os próprios policiais. No dia 03 de março, o adolescente e dois comparsas tentaram matar Antônio Edson Pereira das Graças. Edinho, mesmo atingido por três projéteis (dois na cabeça e o terceiro na perna) não morreu.

Até a chegada do socorro médico, o  rapaz  se escondeu na casa de dona Izolina Freitas. Segundo a versão da vítima, Catucha, Rogério Pereira da Silva e João Carlos de Lima, entraram atirando quando estava jogando sinuca num bar na Rua General Osório. João Carlos foi acusado de ter matado quatro dias antes, no dia 27 de fevereiro, Luciano Pereira Nantes, morto com um tiro na barriga na madrugada do dia 27 de fevereiro. O crime aconteceu na Rua Doutor Costa Marques.

Catucha, João Carlos e Rogério, foram presos no dia 13 março no Assentamento Alambari, a 70 quilômetros do centro da cidade, enquanto pescavam. Os três revelaram à Polícia que fizeram um “pacto com o Diabo” cortando o próprio corpo para colocar uma oração que o tornaria invisível perante seus inimigos. Se não fosse levado para Jardim, Catucha poderia reencontrar nos próximos dias seu colega de facção Adriel da Silva. Este rapaz matou com um tiro no coração Renan Cícero dos Santos na noite de 05 de agosto.

O crime foi testemunhado por centenas de pessoas que estavam presentes no Ginásio de Esportes Olegário da Costa Machado durante a abertura dos jogos abertos. Adriel, que foi preso uma semana depois ao desembarcar na rodoviária de Cascavel (interior do Paraná) para onde fugiu, estava em companhia de Catucha no dia do crime. Nos próximos dias ele deve ser recambiado para Sidrolândia por policiais da Polinter.

A polícia não conseguiu comprovar que o adolescente teve participação nos três assaltos que a quadrilha da qual fazia parte confessou a policia ter realizado em Sidrolândia: ao Pé de Cedro e a duas chácaras, no prolongamento da Rua Alagoas e na região do Bolicho Seco.