Policial
Diarista de Jodimar diz que viu Marielly no dia do aborto, mas se calou por ameaças
Um dos argumentos utilizados no pedido desta prisão aconteceu com base na denúncia desta testemunha, que é vizinha e diarista dele
Midiamax
19 de Julho de 2011 - 13:12
Uma testemunha que viu Marielly Barbosa Rodrigues, 19 anos, e Hugleice da Silva, 27 anos, em Sidrolândia contou aos policiais da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) que não fez a denúncia anteriormente porque teria sido ameaçada pelo técnico de enfermagem, Jodimar Ximenes Gomes, 41 anos.
A informação repassada pela mulher, que teve a identificação preservada, serviu de argumentação para embasar o pedido de prisão temporária dos dois suspeitos para a juíza da Comarca daquela cidade, que acabou decretando.
Um dos argumentos utilizados no pedido desta prisão aconteceu com base na denúncia desta testemunha, que é vizinha e diarista dele. Ela estava limpando a casa de Jodimar, quando viu o casal chegando no local em uma caminhonete. Marielly teria entrado para dentro de um dos quartos, enquanto Hugleice ficou na sala, falou o delegado de Fabiano Góes Nagata.
No depoimento, a mulher fala que Jodimar estava apavorado e chegou a dizer para Hugleice que aconteceu um problema, mas que ele resolveria. Ela falou que viu a garota passando mal e Jodimar em cima dela tentando reanimar. Ela afirma que ficou chocada com a cena e saiu do local correndo e passando mal.
A mulher não viu o que aconteceu em seguida, e somente no dia seguinte foi procurada pelo Jodimar. Ele a procurou para dizer que o casal estava bem e deu tudo certo. Com o tempo, a testemunha viu as imagens de Marielly como desaparecida na mídia, e se apavorou, pois acabou reconhecendo a vítima. O técnico de enfermagem teria a procurado e a ameaçado, caso ela contasse a alguém o que ela viu na casa dele no dia em que a jovem morreu.
Contradição de cunhado fez investigação tomar outro rumo
Nagata, delegado responsável pelo caso, afirmou que a investigação sobre o sumiço de Marielly mudou de desaparecimento para um possível caso de homicídio, quando o cunhado da garota começou a se contradizer. Além disso, todas as informações estavam passando por ele.
Ele falou que o município de Sidrolândia foi um dos caminhos a ser investigado, uma vez que era a área de trânsito de Hugleice. Depois que mudamos o foco, logo, logo, encontramos o corpo. Daí em diante, pedimos a quebra de sigilo telefônico para ter certeza do que poderia ter ocorrido como aquela garota.
Percebemos que ele falou com a vítima momentos antes dela sumir, que as ligações vieram de Sidrolândia, município onde foi localizado o corpo dela e algumas contradições da família em dar um álibi para ele. Lógico que tudo isso dificultou a solucionar este caso mais rapidamente. Além disso, ele afirmou que sabia da gravidez, mas desde o início desta investigação, ele nunca tocou no assunto.




