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Policial

Mãe de adolescente vai à Polícia reclamar que filho foi agredido por outro menor

Flávio Paes/Região News

24 de Outubro de 2011 - 20:38

A mãe de um adolescente de 17 anos, Edileusa Aparecida Duarte, de 39 anos, esteve na manhã desta segunda-feira (24) na delegacia para registrar boletim de ocorrência contra outro rapaz que agrediu o filho dela.  De acordo com ela, na sexta-feira, o adolescente ficou em frente à escola onde estuda no bairro São Bento conversando com um grupo de amigos, quando outro grupo de garotos passou. Um deles deu um chute na perna do menino.

Os dois trocaram insultos e o agressor, que faz parte da gangue do outro bairro, deu a volta no quarteirão e voltou com um tijolo na mão. Ele arremessou contra o adolescente que foi atingido de raspão. A partir daí o menino passou a ser ameaçado. O outro adolescente chegou a procurá-lo, hoje, no trabalho. Como não estava ele disse ao dono do local que mataria o menor.

Com medo, a mãe procurou a delegacia. “É difícil. A gente cria os nossos filhos para depois ficar apanhando de moleque na rua”, diz. Ainda de acordo com ela, o motivo seria a rixa dos dois bairros. Ela alega que o filho não faz parte das gangues e que é perseguido por inveja. “Ele trabalha, tem as coisas dele. Eles em inveja” reforça.

Uma menina de 16 anos relatou ao Campo Grande News que a rixa entre os dois bairros é tanta que o integrante de uma gangue não pode ir ao outro bairro sem que seja agredido. “É comum esses meninos se espancarem. Também é comum vermos assassinatos relacionados com as gangues”, diz.

Ainda de acordo com ela, no Cascatinha, bairro onde mora, é mais tranquilo, mas no São Bento não se arrisca andar de noite, porque a gangue de lá é “terrível”.

Gislaine Fonseca dos Anjos, de 33 anos, auxiliar de serviços gerais, diz que o grande problema é o Conselho Tutelar, porque “eles impedem o pai de educar o filho”. “Se a gente bate ou coloca para trabalhar vem o conselho e leva para a Polícia, mas se eles roubam ou matam alguém e você chama o conselho, eles dizem que não é problema deles”, afirma.

“O maior problema é a gurizada. Eles entram, roubam e você não pode fazer nada. São apreendidos em um dia e no outro já estão solto”, relata o serralheiro Daniel Garcia, de 39 anos (com informações do Campo Grande News).