Policial
Traficante é flagrado em escuta da PF negociando droga de MS para o RJ
IG
24 de Maio de 2012 - 07:33
Quase três anos depois do episódio da prisão de dois policiais federais brasileiros em território paraguaio que estavam tentando prender o narcotraficante Juan Arnaldo Céspedes Amarilla, o Nando, o noticiário nacional divulgou que ele foi flagrado em escuta telefônica tratando de um carregamento de cocaína. A droga, oriunda de Caarapó tinha como destino Campos dos Goytacazes, norte fluminense.
De acordo com escutas feitas pela Polícia Federal, o traficante paraguaio Nando que por vezes fica em Coronel Sapucaia (território brasileiro) e também em Capitán Bado, estava negociando, via telefone celular, com presos do sistema penitenciário do Rio de Janeiro.
De acordo com o IG, que afirma ter tido acesso a parte dos autos e de lá retirado parte dos diálogos, as investigações aconteceram entre 2009 e 2010. Em outubro de 2009, os agentes da PF Amilton Moreira e Luciana Correia Rodrigues foram detidos no Paraguai quando tentavam capturar Nando.
Em janeiro deste ano as investigações tiveram resultados concretos com a condenação de seis acusados de participar de um mega esquema de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico.
Com as interceptações telefônicas feitas nos dias 7 e 8 de março de 2010, a polícia descobriu que um carregamento de drogas saiu de Caarapó (MS) e seguiu para Campos dos Goytacazes (RJ). Nas conversas, Nando e seu cliente usavam códigos para denominar a droga, sendo B (cocaína) e verde (maconha). O carregamento foi interceptado em 8 de março de 2010 e quatro pessoas foram presas.
Depois desta escuta telefônica, a polícia fez outras da mesma natureza e descobriu mais diálogos de Nando negociando drogas e ainda exigindo veículos como pagamento, principalmente caminhonetas. Além disso, o envio de produtos químicos para serem misturados na droga, também consta nas gravações.
Em outra conversa, Nando fala de duas viagens para entrega de encomendas e é questionado se o produto chega antes do carnaval. Noutro diálogo Na conversa, o paraguaio falou que teria enviado para o Rio uma mistura de benzo e chelocaína. De acordo com a polícia, se tratavam na verdade de benzocaína e xilocaína.
Interceptações feitas em dezembro de 2009 flagraram Nando supostamente questionando um suspeito brasileiro conhecido como Coquinho, filho do traficante Luiz André Ribeiro Fiúza, o Pastor, que na época das investigações estava preso no presídio Plácido Sá Carvalho, no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Na conversa, ele disse a Coquinho que comparsas no Paraguai aguardavam pelo veículo. O brasileiro respondeu dizendo que ficaria na porta da casa de uma pessoa para roubar uma Hylux preta e que, para efetuar o roubo, teria um brinquedo (arma).



