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Política

André promete ‘turbinar’ bases eleitorais do PMDB

Willams Araújo

02 de Abril de 2011 - 11:11

O governador André Puccinelli aproveitou o primeiro dia do encontro regional do PMDB, ocorrido sexta-feira na Assembleia Legislativa, para mandar um recado aos adversários de que o partido continuará maior após as eleições municipais de 2012 em Mato Grosso do Sul.

O encontro do PMDB teve seqüência neste sábado com a participação de lideres nacionais, como o presidente em exercício da executiva nacional, Valdir Raupp, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Eliseu Padilha, e o senador Roberto Requião (PR), além de dirigentes regionais de outros estados. 

“Continuaremos sendo o partido com o maior número de prefeitos após o pleito de 2012”, disse o governador, destacando ainda que em pesquisa recente o PMDB já aparece como o melhor partido político na opinião dos eleitores de sul-mato-grossenses.
 
Na prática, o PMDB já trabalha a fim de manter as prefeituras sob seu comando e, se for possível, conquistar outros municípios.
 
Em Campo Grande, por exemplo, o governador e o prefeito Nelsinho Trad deram a largada rumo às articulaçoes em torno do processo de escolha do candidato do partido às eleicões do ano que vem.
 
Em recente encontro ocorrido na Capital, ficou decidido que três candidatos serão submetidos ao critério de pesquisas qualitativa e quantitativa para que um deles possa ser indicato o nome que concorrerá à sucessão de Nelsinho Trad.
 
Disputam a indicação o presidente da Câmara de Vereadors, Paulo Siufi, o deputado estadual licenciado e secretário de Estado de Habitação, Carlos Marun, e o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia e do Agronegócio, Edil Albuquerque.
 
Por enquanto, PSDB, PT e o PRP manifestaram o desejo de lançar candidatura própria no próximo pleito como altenativa ao candidato a ser lançado pelo PMDB.  Os tucanos têm duas opções, o deputado federal Reinaldo Azambuja e a senadora Marisa Serano, enquanto o PT conta com o deputado federal Vander Loubet e o deputado estadual Pedro Kemp.
 
“Refundado” na Capital, o PRP tem como pré-candidato o empresário Luiz Felipe Garavello Menken, lançado esta semana depois de sua posse como presidente da comissão provisória municipal de Campo Grande.

Atualmente, o PMDB tem 27 prefeitos em seus quadros: Antonio Alves Ferreira (Aparecida do Taboado), Antonio Cavalcante (Mundo Novo), Antonio de Pádua Thiago (Brasilândia), Carlos Américo Grubert (Jardim), Daltro Fiúza (Sidrolândia), Dinalva Mourão (Coxim), Edson Takazono (Anaurilândia), Edson Peres Ibraihn (Batayorã), Fauzi Suleiman (Aquidauana), Getúlio Barbosa (Figueirão), Ilca Domingos (Nioaque), Jacomo Dagostin (Guia Lopes da Laguna), Jesus Baird (Costa Rica), Jocelito Krug (Chapadão do Sul), José Arthur (Bonito), Gilberto Garcia (Nova Andradina), Jun Iti Hada (Bodoquena), Marcílio Álvaro Benedito (Novo Horizonte  do Sul), Marcos Pacco (Itaporã), Marcos Benedetti (Vicentina), Maura Jajah (Pedro Gomes), Nelsinho Trad (Campo Grande), Renato Câmara (Ivinhema), Rudi Paetzold (Coronel Sapucaia), Márcia Moura (Três Lagoas), Zelir Antonio Maggioni (Sonora) e Zelmo de Brida (Naviraí).
 
Encontro regional
 
O encontro organizado pelo PMDB serviu para se debater, entre outros temas, a proposta de reforma política que é um das principais matérias em tramitação na Câmara dos Deputados. 

O principal adversário político dos peemedebistas é o PT, que perdeu o comando do Estado depois de oito anos de hegemonia. Nas eleições de 2010, o ex-governador Zeca do PT perdeu a disputa no primeiro turno para André Puccinelli.

O presidente da executiva regional, Esacheu Nascimento, destacou a necessidade de o PMDB ser uma ferramenta social de elevação de pessoas preparadas ao poder.

“Somos o único partido do País que tem tido a preocupação de entregar à população candidatos preparados para aquilo a que se propõem”, colocou.

Nascimento lembrou em seu discurso que  PMDB é um partido popular. “Nosso querido PMDB nasceu das ruas pela mobilização popular, nasceu das universidades pelo fervor estudantil e nasceu das fábricas pela luta por direitos sociais, não podemos perder de vista este fato e direcionar nossas ações para esta que é a nossa realidade”, alertou.
 
O presidente prosseguiu lembrando que alguns chamam a legenda de conservadora, mas se esquecem que nenhum outro partido lutou tanto pela liberdade e pelas conquistas sociais no País.

“Estivemos lutando ativamente contra o regime autoritário, combatemos a inflação, lutamos pelas primeiras reformas agrárias, agora precisamos nos sintonizar com outro anseio popular que é a necessidade das reformas”, exclamou.

Esacheu Nascimento falou sobre a necessidade da reforma eleitoral, entre outras, lembrando que a população não quer mais votar em um e ter outro como eleito.

Após os dois dias de debates, os líderes do partido assinaram a “Carta de Campo Grande”, um documento que será levado à Brasília como contribuição para a proposta de reforma política em tramitação no Congresso Nacional.