Política
Após apoio a Giroto, Puccinelli transfere Dagoberto da Assembleia para Casa Civil
Nesta semana o governador André Puccinelli (PMDB) transferiu Dagoberto da Assembleia Legislativa para a Casa Civil.
Midiamax
30 de Novembro de 2012 - 14:34
O apoio do PDT a candidatura de Edson Giroto (PMDB) em Campo Grande já tem rendido frutos a Dagoberto Nogueira (PDT), vice na chapa derrotada do PMDB na eleição de 2012. Nesta semana o governador André Puccinelli (PMDB) transferiu Dagoberto da Assembleia Legislativa para a Casa Civil.
Segundo decreto publicado no Diário Oficial do Estado, Dagoberto ficará na Secretária de Governo de 8 de novembro a 31 de dezembro de 2012. O ônus da transferência será do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), onde Dagoberto passou no concurso para Procurador de Carreira.
Procurado pelo Midiamax, Dagoberto disse que ele e Puccinelli acharam melhor que ele fosse transferido para a Casa Civil. Lá na Assembleia tinha pouco serviço. Eu ficava muito à toa, justificou o ex-deputado estadual e ex-deputado federal.
Dagoberto alega que na Assembleia era responsável por emitir alguns pareceres, o que não tomava muito tempo, já que na maioria dos casos, segundo ele, o trabalho era feito da residência dele. Gosto de coisa mais agitada. Na Casa Civil eu cumpro as ordens do Puccinelli, esclareceu.
O ex-deputado diz que não pretende assumir cargo no Governo do Estado e prefere a nova função, onde exerce trabalho político. Ele alega que na na função estará em contato com vereadores e deputados, pavimentando o caminho para voltar à Câmara Federal.
Depois de fazer as pazes com Puccinelli, após longo periodo de troca de acusações, Dagoberto foi transferido para a Assembleia Legislativa, onde não agradou parte dos deputados. Na ocasião o deputado Onevan de Matos (PSDB) protestou e pediu explicação de Puccinelli, lembrando que Dagoberto fez várias críticas à Assembleia e ainda tentou impedir a diplomação do governador. Onevan ainda chegou a observar que Puccinelli não transferia ninguém com ônus para a origem, nem quando os deputados solicitavam.
Dagoberto fez várias acusações a Puccinelli antes de se aliar ao PMDB na eleição em Campo Grande. Em setembro de 2010, o então deputado chegou a alertar adversários de Puccinelli, dizendo que ele seria capaz de fazer qualquer coisa para se livrar de seus oponentes.
É assim que ele age, não tem escrúpulo, não tem parâmetro, não tem medo, não tem medo da Justiça e nem dos homens. Enfrenta cada um que ele quer tirá-lo de algum ponto, de algum posto, não tem medida, eu nunca vi nada parecido, nada tão autoritário quanto ao que está acontecendo em nosso estado, declarou o deputado a época.
Há quem diga que a aliança de Dagoberto com Puccinelli foi um dos fatores determinantes para a derrota do PMDB em Campo Grande. A aliança entre os dois provocou desentendimentos dentro do PMDB e várias pessoas protestaram, dizendo que não pediriam votos para Dagoberto.
A polêmica foi tão grande que Dagoberto pouco apareceu na campanha de Giroto. No primeiro turno, ele nem acompanhou Puccinelli, Giroto e Nelsinho Trad (PMDB) durante a votação.