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Política

Azambuja não vê disputa no PL e diz que Contar é aliado para reeleger Riedel

Segundo o ex-governador, a prioridade do PL é construir uma ampla frente de apoio à reeleição de Riedel.

Redação/Região News

13 de Novembro de 2025 - 13:30

Azambuja não vê disputa no PL e diz que Contar é aliado para reeleger Riedel
 Ex-governador Reinaldo Azambuja. Foto: Chico Ribeiro

O provável retorno do ex-deputado estadual Renan Contar ao Partido Liberal (PL) movimentou o cenário político de Mato Grosso do Sul e reacendeu o debate sobre a formação do bloco de direita para as eleições de 2026.

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A articulação, que conta com a anuência do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, foi bem recebida pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), recém-filiado ao partido e também pré-candidato ao Senado.

Azambuja afirmou que o convite para o ex-deputado retornar ao PL partiu dele próprio e que a conversa com a direção nacional apenas consolidou o entendimento de que Renan Contar pode contribuir para o fortalecimento do projeto político do grupo liderado pelo governador Eduardo Riedel (PP).

“Eu tinha feito o convite e pedi para ele conversar com o Valdemar, e o Valdemar fez o convite. É importante para o projeto de reeleição do Riedel, que é o primeiro objetivo”, disse Azambuja.

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Segundo o ex-governador, a prioridade do PL é construir uma ampla frente de apoio à reeleição de Riedel, dentro do mesmo campo político que se opõe ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “É importante porque temos um adversário em comum, que é a reeleição do Lula. Juntos, criamos mais força política”, afirmou

Azambuja ressaltou que a chegada de Contar ao PL deve ser vista como um reforço político e não como uma ameaça à unidade do grupo ou à sua própria pré-candidatura ao Senado.

“Ele fortalece. A Rose [Modesto] foi adversária e está junto, o Puccinelli foi adversário e está junto, agora o Contar também. É mais um bom pré-candidato ao Senado”, pontuou.

O ex-governador destacou que não há espaço para projetos pessoais dentro da atual estratégia do partido e que a candidatura ao Senado será definida com base em critérios políticos e nas pesquisas de intenção de voto, que ainda serão analisadas ao longo de 2025.

“Chegou mais um. Se ele se filiar, é um nome forte, mas não existe primeira vaga. Ele soma e fortalece a prioridade, que é o palanque do Riedel. Não vamos fazer projeto individual”, afirmou.

Azambuja também lembrou que o processo eleitoral ainda está em fase inicial e que as definições ocorrerão somente nas convenções partidárias, previstas para julho de 2026.

“Nunca vi eleição sem pesquisa. Além disso, há nomes da direita que devem disputar o Senado, como Nelsinho Trad, Gerson Claro, Gianni Nogueira, Marcos Pollon e Jaime Verruck. Não vamos excluir ninguém, mas convenção é só em julho”, ponderou.

“Política é como as nuvens”, diz Gerson Claro

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O presidente da Assembleia Legislativa e também pré-candidato ao Senado, Gerson Claro (PP), avaliou a movimentação com cautela e destacou que o cenário político ainda pode mudar até as convenções.

“O deputado Londres fala que política é como as nuvens. Bater um ventinho, ela muda. E antes que tenha feito a convenção, o ato e o registro lá no TRE, tudo pode acontecer”, afirmou.

Para Gerson Claro, o ex-governador Reinaldo Azambuja tem demonstrado habilidade na construção de alianças e vem liderando um movimento de aproximação entre os partidos de centro-direita com foco na reeleição de Riedel e na formação de um palanque forte para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Entendo que essa movimentação é porque o nosso arco de aliança de centro-direita vem sendo postulado. O ex-governador é muito habilidoso nessas articulações e vem construindo uma ampla aliança para a eleição do governador Eduardo Riedel e também para a disputa nacional nesse arco de centro-direita”, disse.

Apesar das articulações, Gerson Claro afirma que, neste momento, o cenário permanece estável. “A princípio, não muda nada. Nós temos muitos passos para acontecer”, avaliou.