Política
Bernal acata as quatro propostas e PT desiste do rompimento político
A partir desse diálogo com os partidos é que o prefeito vai discutir nomes. E ele disse que vai começar a fazer isso hoje mesmo, informou o petista.
Campo Grande News
30 de Outubro de 2013 - 09:18
O prefeito Alcides Bernal (PP) acatou as quatro propostas feitas pelo PT, especialmente a imediata nomeação de um secretário de Governo para comandar a articulação política da administração municipal, e com isso os petistas desistiram do rompimento, ensaiado desde o dia 21 de outubro, quando entregaram uma carta ao chefe do Executivo em tom de ultimato. Bernal evitou a imprensa.
A materialização dos quatro pontos sugeridos pelo PT acontecerá nos próximos dias, anunciou o presidente regional do PT, Marcus Garcia, no final da reunião com o prefeito, que também teve a participação do presidente do Diretório do PT de Campo Grande, Gildo Oliveira, e dos vereadores Ayrton Araújo (PT) e Derly dos Reis, o Cazuza, que é presidente do Diretório do PP da Capital, que saiu na metade do encontro sem falar com a imprensa.
Após cerca de uma hora e meia de reunião, os petistas saíram satisfeitos da sala de Bernal, embora sem nome definido para a Secretaria de Governo nem cronograma para efetivação das mudanças. O PT continua na base, declarou Gildo Oliveira.
Segundo Marcus Garcia, a primeira providência de Bernal será conversação com os partidos para reconquistar e ampliar apoio e, ao mesmo tempo, fazer consultas para escolha do novo secretário de Governo, que tem hoje como titular Gustavo Freire, cumulativamente com a Secretaria de Receita. A partir desse diálogo com os partidos é que o prefeito vai discutir nomes. E ele disse que vai começar a fazer isso hoje mesmo, informou o petista.
Garcia não especificou quais partidos serão procurados por Bernal, dando apenas uma dica. É natural que sejam procurados partidos que estiveram com Bernal no primeiro turno e depois os que o apoiaram no segundo turno, apontou. A partir dessas conversas decidirá sobre nome do secretário de Governo, acrescentou.
O PT não colocou prazo específico para que as mudanças políticas sejam promovidas pelo prefeito. Não tem data para nomeação. Na política não tem esse negócio de imposição de tempo, argumentou o presidente regional do PT.
Segundo ele, o que há é o compromisso de Bernal de buscar de imediato a formação de conselho político e nomear o secretário de Governo. Mas também aceitou de bom grado os outros pontos, revelou Garcia, referindo-se às propostas de busca de apoio de outros partidos políticos e retomada das negociações com a Câmara de Campo Grande, onde já está instaurada uma Comissão Processante com poder de sugerir a cassação do prefeito.
Os petistas demonstraram que estão realmente empenhados em salvar o mandato de Bernal, não fazendo exigências de cargos. Não queremos cargos, assegurou Marcus Garcia. Indagado, porém, se o PT poderá indicar o secretário de Governo, ele informou que nessa situação haveria sim sugestão de algum nome.
Sobre uma eventual reforma política, para que Bernal agregue mais partidos, Garcia informou que o PT não se colocará como obstáculo. Se o prefeito pedir que coloquem seus cargos à disposição, o PT está junto nessa tese, admitiu.
Ainda durante a reunião, segundo Garcia, chamou atenção a disposição de Bernal em promover as mudanças. Marcou bastante durante a reunião a frase do prefeito de que: Agora é o momento, contou o dirigente petista. Assim ele começa a acertar efetivamente na política, comemorou.
Além disso, o prefeito da Capital teria prometido muito trabalho. O prefeito disse que vamos ter muitas obras por aí, disse Marcus Garcia. E para essas obras teria pedido que o PT requisitasse apoio da bancada federal. Embora esse apoio dos nossos deputados nunca tenha faltado, vamos repassar a solicitação, disse.
Indagado especificamente sobre o nome do ex-vereador Athayde Nery, presidente regional do PPS, para a vaga de secretário de Governo, Marcus Garcia esquivou-se, informando que isso é assunto do outro partido. Considera, porém, que Bernal deverá preferir alguém por quem tenha afinidade. É natural que o Bernal escolha uma pessoa de partido que ele tenha mais empatia, sustentou.




