Enelvo assume papel de tutor do prefeito interino e deixa claro que palavra final é dele

O ex-prefeito abortou a manobra do bloco PMDB/PDT/PR que daria a presidência a Sergio Bolzan, mantendo confinados (e incomunicáveis) desde sexta-feira os vereadores petistas (o próprio Bolzan e Edivaldo dos Santos), além do progressista Cledinaldo Marcelino.

Peres reconhece que a palavra final durante sua interinidade à frente da prefeitura será de Enelvo de quem herdou a equipe de secretários e até segunda-feira deve nomear parte dos 198 cargos em comissão existentes na maquina administrativa. “Ele negociou a participação dos partidos na administração”, justificou.

O ex-prefeito não fez questão de esconder de que será eminência parda do governo municipal que se inicia. Tão logo terminou a sessão que elegeu Ilson Peres presidente da Câmara. Enelvo ao lado do prefeito interino liderou uma caminhada da sede do Legislativo até o Paço Municipal.

Esteve , acompanhado de partidários, muitos deles candidatos a um emprego na administração municipal. Na transmissão do cargo, Enelvo acompanhou atento as explicações do ex-prefeito Daltro Fiuza e da sua assessoria, que entregou vários documentos sobre a situação das finanças e do andamento dos projetos e obras.

Do lado de fora da Prefeitura, algumas pessoas, com bandeiras de campanha, se concentrou na expectativa de recepcionar o novo prefeito. Daltro Fiuza, acompanhado de Peres e Enelvo, saíram pela porta da frente. Daltro passou em meio a um corredor polonês de partidários do cacique tucano.

Partiu de Enelvo a determinação de abrir as portas da prefeitura para que todos entrassem . “Esta casa é do povo. Todos têm o direito de entrar”, proclamou o ex-prefeito que por decisão do TSE está inelegível por 8 anos.