Política
Enelvo confina vereadores do PT e PP até terça-feira com medo de dissidência
O ex-prefeito formatou uma chapa que contempla o vereador Ilson Peres (PSDB) na presidência, posição que o habilita automaticamente a assumir de forma interina a prefeitura.
Flávio Paes/Marcos Tomé
31 de Dezembro de 2012 - 07:51
Com medo de dissidências entre os 7 vereadores que se elegeram na sua coligação, o ex-prefeito Enelvo Felini vai manter confinados até terça-feira os dois vereadores eleitos do PT (Edivaldo dos Santos e Sérgio Bolzan) e o representante do Partido Progressista, Cledinaldo Marcelino Cotócio.
Os três estão fora de Sidrolândia incomunicáveis e só devem reaparecer momentos antes do início da sessão de posse do prefeito, vereadores e a eleição da mesa, programada para o dia 1º às 8 horas. Enelvo avalia que os três seriam mais vulneráveis a um possível entendimento com os seis vereadores alinhados com o candidato do PMDB.
O ex-prefeito formatou uma chapa que contempla o vereador Ilson Peres (PSDB) na presidência, posição que o habilita automaticamente a assumir de forma interina a prefeitura; o petista Sergio Bolzan com a vice-presidência, seria o presidente da Câmara enquanto perdurar a interinidade de Peres à frente do Executivo.
Ao progressista Cledinaldo está reservada a 1ª secretaria (depois da presidência o cargo com mais poderes na Mesa), enquanto o tucano Mauricio Anache, pode ser o 2º secretário. Enelvo está articulando pessoalmente as negociações para garantir o controle da futura mesa diretora.
Ele considera estratégico ter um tucano presidência do Legislativo para garantir ao PSDB chance de competitividade na disputa pela Prefeitura. Sem o ex-prefeito na cabeça de chapa, o partido não tem um nome com densidade eleitoral comprovada para o confronto com o candidato do PMDB, Acelino Cristaldo, que teve um desempenho surpreendente na eleição de outubro.
Acelino perdeu por uma diferença inferior a mil votos, quando se apostava numa dianteira de até 5 mil votos em favor do candidato tucano. Com a eleição de Peres presidente da Câmara e a sua automática ascensão ao comando interino da máquina administrativa, Enelvo acredita que o candidato do PSDB (provavelmente sua esposa Vilma Felini ou o médico Marcelo Ascoli, que foi vice na sua chapa), teria chances de vitória.
A Prefeitura tem um instrumento poderoso, que é a possibilidade de atrair aliados loteando os 198 cargos em comissão (nomeados sem concurso).