Enelvo declara gastos de R$ 73 mil; campanha entre as mais baratas do MS

A julgar pela prestação de contas que apresentou à Justiça Eleitoral, o prefeito eleito de Sidrolândia, Enelvo Felini (PSDB), fez uma das campanhas mais baratas do País, ao ponto de ter fechado com um superávit de R$ 260 mil. Enelvo que orçou no registro da sua candidatura despesas no montante de R$ 850 mil, conseguiu doações no valor de R$ 99,1 mil e declarou gastos no valor de R$ 73.044,00.

Ou seja, cada um dos 11.870 votos teve um custo per capita de R$ 6,15. Já os 10.911 votos do seu adversário direto, Acelino Cristaldo (PMDB), saiu por R$ 41, 59, considerando que o peemedebista declarou despesas no montante de R$ 453.826,00.

Para se ter ideia do quanto foi pobre financeiramente a campanha de Enelvo, basta comparar com as despesas declaradas à Justiça por prefeitos eleitos de cidades do mesmo porte ou até menores que Sidrolândia. Na vizinha cidade de Maracaju, por exemplo, o prefeito eleito Maurilio Azambuja conseguiu doações no valor de R$ 7.502,02, enquanto seus gastos somaram R$ 495.043,75.

Até mesmo a petista Maria Viana, que vai administrar Deodápolis, cidade com menos da metade da população de Sidrolândia, teve uma campanha mais cara que a de Felini. Ela gastou R$ 99.131,34, enquanto sua receita fechou em R$ 129.500,00.

A evidência de que a campanha de Enelvo foi barata, compara-se com os gastos declarados pelos futuros prefeitos de Rio Brilhante Sidney Foroni (gastou R$ 168.602,92); Leandro Peres de Matos de Naviraí (R$ 338.590,00); Roberto Hashioka de Nova Andradina (R$ 486.726,87); Zé Brachiaria de Paranaíba (R$ 376.133,95) e Waldeli dos Santos de Costa Rica (R$ 507 mil)

O relatório das despesas do futuro prefeito não menciona a contratação de cabos eleitorais, nem gastos com a produção do seu programa eleitoral no rádio. Dos R$ 73 mil declarados, R$ 60 mil foram destinadas para custear a campanha dos candidatos a vereador. No lado da receita, a maior doação, veio da direção estadual do PSDB, que assegurou R$ 60 mil.